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28, dez 2018
Mônica e a Guarda dos Coelhos – Análise
7
Tower Defense com a Turminha
Apesar de inspirado em outro jogo da mesma produtora, Mônica e a Guarda dos Coelhos consegue ter identidade própria sendo bem divertido para se jogar em 2 ou mais jogadores.

Sempre fui um grande fã dos personagens criados por Maurício de Souza e acompanhei as histórias até bem recentemente com a Turma da Mônica Jovem. Como bom fã joguei a adaptação feita pela Tectoy usando como base o jogo Wonderboy in The Wonderland (lançado em 1987 para Master System) chamada Mônica no Castelo do Dragão de 1991.

1 ano depois a Tectoy fez outra adaptação, desta vez do jogo Wonder Boy III: The Dragon’s Trap, também de Master System onde o objetivo era resgatar a Mônica das garras do Capitão Feio, lançado em 1993.

Posteriormente outra adaptação, dessa vez para Mega Drive, intitulada Turma da Mônica na Terra dos Monstros, ainda feita em cima da franquia Wonderboy foi lançada em 1994 (e relançada em 2017) sendo até então o último game da turminha lançado para consoles.

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Criado pelo Estúdio indie brasileiro Mad Mimic de No Heroes Here em conjunto com a Maurício de Souza Produções, Monica e a Guarda dos Coelhos, é o primeiro jogo para aparelhos da geração atual. O estilo gráfico “pixelado” simplificado pode não agradar algumas pessoas, mas traz um ar de nostalgia interessante.

O jogo segue o estilo Tower Defense onde você precisa basicamente criar 2 coisas, a pólvora e os coelhos que se dividem entre o azul Sansão que causa dano e serve para o ataque, a coelha rosa Dalila que deixa os inimigos lentos e o coelho amarelo Hércules  que paralisa os inimigos por alguns segundos.

Dentro dessa estratégia você precisa eliminar os inimigos e também, quando possível cumprir as tarefas pedidas em cada fase (não tomar dano, não usar um tipo de coelho, usar somente X coelhos etc). As tarefas não impedem que você passe de fase, o que impede é algum inimigo derrubar um portão e entrar no castelo, ai você vai precisar reiniciar a fase.

A historinha segue a linha das HQs e conta a história de uma estrelinha que não pode ficar no céu, porque o mesmo está muito “sujo” e a partir dai existe um enredo bem básico explicando o porque e como ela pode voltar ao céu, e isso acaba sobrando para a turminha resolver.

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O jogo não foi feito pra ser jogado sozinho, e isso você vai descobrir quando começar a avançar pelos mundos e castelos, em determinado momento fica muito difícil controlar os 2 personagens a tempo de poder fazer tudo, e aqui fica a maior crítica ao jogo: falta um modo cooperativo online, diferente do modo cooperativo local, que te obriga a ter 2 ou mais controles e mais pessoas dispostas a jogar junto com você.

O jogo não tem nenhuma pretensão de impressionar com super gráficos, ou aquela narrativa de cair o queixo, a questão aqui é a diversão, principalmente com outras pessoas em modo cooperativo, desafiador e estratégico o jogo cumpre bem o seu papel e proposta, e se é isso que você procura, pode arriscar e jogar sem medo.

Se você gosta da Turma da Mônica e jogos retro com gráficos pixel art estilo 8 bits vale conferir a Guarda dos Coelhos. O único porém mesmo é a dificuldade que vai se tornando mais elevada e pode ser bastante frustrante continuar jogando sozinho, principalmente porque você não vai conseguir fazer os desafios.

PROS:

  • Desafio na medida da proposta do jogo
  • Nostalgia pura
  • Turma da Monica 🙂

CONS:

  • Não ter um modo cooperativo online
  • Pra algumas pessoas o estilo gráfico não agrada, poderiam ter feito em alta resolução
  • Dificuldade exagerada se jogado sozinho
Luiz Rafael
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One thought on “Mônica e a Guarda dos Coelhos – Análise

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