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25, set 2020
River City Girls
8
Saudade de um beat em' up local? Chega mais.

River City Girls irá certamente agradar os fãs de jogos com multiplayer co-op. Beat em' Up com um fator cômico e dificuldade a par.

A Arc System Works trouxe para a mesa River City Girls, disponível para o Nintendo Switch, cujo qual essa análise é baseada, e também disponível para PlayStation 4, Xbox One e Steam.

Esse é um titúlo que me trouxe lembranças de quase 25 anos atrás com uma pancadaria desenfreada no melhor estilo beat ‘em up, muito popular nos arcades da época e na geração 8-16 bit, esse foi um gênero que eu realmente nunca fui muito com a cara pelo simples motivo que esses jogos acabavam se tornando super repetitivos muito rápido.

Belo pretexto para matar aula, não?

Não estou dizendo que são ruins, longe disso, mas jogos como Final Fight, Double Dragon e Streets of Rage não me atiçavam tanto quanto a galera que eu via enlouquecendo por essas obras, talvez o errado seja eu, é uma possibilidade. Mas enfim, a vida segue.

River City Girls tem algumas mecânicas interessantes que quebram um pouco esse paradigma citado acima, e vamos falar um pouquinho dele logo mais. Acontece que esse jogo faz parte de uma série de vários outros games, mas que está diretamente ligado ao seu antecessor River City Ransom, anteriormente lançado para o Famicon e disponível na loja online da Nintendo para o Switch caso queiram conferir.

Alex Kidd vibes aqui.

Dessa vez estamos na pele de duas garotas muito da pesada, Misako and Kyoko, que deverão ir contra praticamente (literalmente)a cidade toda para salvar seus namorados Kunio e Riki que foram sequestrados por uma quadrilha de bandidos.

O que é engraçado é que essa é quase o oposto do que acontece no anterior, invertendo-se os papéis. Muito bom!

A notícia chega durante uma aula na detenção do colégio, então imediatamente ambas levam-se e saem violentamente da sala para ir em busca deles, fazendo com que todos tentem impedi-las de sair do recinto, resultando na falha miserável dos alunos e docentes na tentativa.

Apesar do jogo ser muito bonito no departamento de arte num geral, como as músicas, gráficos e seus belíssimos sprites, level design e dublagem por exemplo, o gameplay é de fato bem punitivo e desanimador da metade do jogo em diante, isso para quem não sabe exatamente o que está fazendo durante a jogatina pois ao morrer você perde cerca da metade de toda grana que foi acumulada, e também o cuidado para o segundo jogador com os níveis desbalanceados podem acarretar em problemas bem sérios contras os chefes que já são especialmente desafiadores.

A variedade de armas disponíveis é bem interessante.

A maneira que a história é contata é diferentona e divertida, pega o jeito de mangá dinâmico aliados a um excelente trabalho de dublagem. Os diálogos conseguem arrancar sorrisos durante a experiência toda, além de terem várias ótimas sacadas.

River City Girls é um beat em’ up que é possível jogar sozinho ou acompanhado localmente de alguém(sem suporte online), e que mistura bastante elementos de RPG com uma pegada de metroidvania para a exploração dos cenários. A medida que vamos avançando e derrotando os inimigos, acumularemos experiência para subir nossos personagens de nível, comprar e equipar acessórios que nos dão pequenos bônus de atributos e consequentemente ficarmos mais fortes também.

Não tem como não elogiar a arte desse jogo, em movimento é melhor ainda.

Durante o percurso das fases será possível utilizar um arsenal de armas dispostas no chão para auxiliar nos combates, que vão desde tacos de baseball à peixes, e até mesmo um inimigo caído no chão no melhor estilo “vou bater nesse panaca com este outro panaca”.

A progressão é devagar e constante, algo muito agradável quando se tem que introduzir vários elementos específicos do jogo. O jogador consegue dinheiro e certos drops para aprender algumas habilidades e diversificar relativamente bastante o que você faz nas batalhas, apesar de que na prática, pelo menos para mim, eu não variei tanto meus golpes pois achei um ou outro mais eficiente que acabou me carregando até o final do game.

Misako desferindo um de seus ataques especiais.

Eu gostei bastante do fato que temos como direcionar nossas estratégias em ataques para grupos menores de inimigos ou outros para controle de massa, especialmente instigante quando se joga com duas pessoas para dividir as tarefas caso ambas sejam bem competentes no que estão fazendo.

O fato dele ser muito focado em beat em’ up, repetições, frustrações, eu particularmente não curti tanto assim. Reconheço que é um jogo muito bem feito, dou todos meus créditos a isso e recomendo fortemente para quem gosta do gênero. Ele tem sim uma pegada muito forte de exploração como metroidvanias, então sempre haverá muito back-tracking para voltar a uma loja ou coletar o que não era possível até o momento, e o jogo é cheio dessas coisas.

Aqui é um dos lugares para você gastar seu dinheirinho.

River City Girls é uma excelente pedida para quem quer curtir um co-op local competente, que chega na faixa das 10 horas de jogo mais ou menos, com controles intuitivos e responsivos, e claro, muita diversão.

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  • Controles intuitivos garantem uma fluência excelente durante o jogo todo.
  • Sprites e cenários de altíssima qualidade.
  • Departamento de som está primoroso.

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  • Muito difícil adquirir as skills e certos itens.
  • Back-tracking excessivo.


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Fábio Kraft
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