Análises

Sackboy: Uma Grande Aventura

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Sackboy está de volta em grande estilo

Uma Grande Aventura é um subtítulo que se encaixa perfeito com a proposta do jogo, prepare-se para embarcar em altas confusoes no mundo do artesanato!

Após estrelar diversos jogos da franquia LittleBigPlanet, Sackboy está de volta em grande estilo. Sackboy: Uma Grande Aventura foi desenvolvido pela Sumo Digital e a XDev, sendo um título bem diferente do que estamos acostumados.

Essa análise foi feita com base na versão PlayStation 5.

A JORNADA COMEÇA

Claro que o jogo teria uma historinha para acompanhar a jogatina e ela é bem “light”, ainda bem. O covarde Vex (um ser quase mítico nascido do caos e do medo) sequestra os amigos de Sackboy e os força a construir seu Topsy Turver. Este dispositivo diabólico mortal pretende transformar Craftworld de uma terra fantástica de pura imaginação e sonhos em um reino bizarro de pesadelos.

Com uma visão isométrica da ação, é assim que você verá as aventuras do Sackboy durante boa parte do tempo.

Cabe a Sackboy, o único Sackling remanescente, partir em uma aventura louca pelas montanhas mais nevadas, as selvas mais frondosas, os reinos subaquáticos mais úmidos e as, uh, mais espaciais das colônias espaciais para coletar Orbs de Sonhador. Essas esferas místicas de energia criativa são o segredo para impedir os planos de Vex e salvar o Craftworld.

Durante a aventura, Sackboy encontra diversos personagens bacanas, sendo Scarlet a mais interessante dentre eles. Ela é uma mentora e vai orientar nosso herói a atingir seus objetivos, servindo como uma “segunda pessoa” na narrativa, visto que Sackboy não fala nem um piu. Os jogadores mais novinhos vão dar bastante risada nas cenas não-interativas, mas os veteranos podem acabar se cansando, eu não cheguei a pular nenhuma delas, porém não nego que às vezes deu vontade.

UMA NOITE NO ENTRONCAMENTO INTERESTELAR

Como falei no começo da análise, Sackboy: Uma Grande Aventura é um jogo bem diferente de LittleBigPlanet, agora nós controlamos o Sackboy e seus amigos em um ambiente totalmente 3D com câmeras dinâmicas e sem todo aquele lance de criação. LBP ficou bem conhecido por possuir ferramentas de criação de fases, permitindo que existisse quase que um universo infinito de estágios construídos pela comunidade para que qualquer um pudesse explorar.

Corra que o Yeti vem aí.

SackBoy: Uma Grande Aventura se assemelha bastante ao Super Mario 3D World, com suas fases escolhidas através de um mapa mundi interativo e um foco total nos objetivos. Diria que sua maior semelhança mesmo é como o modo multi-jogador se comporta, aqui podemos jogar com até 4 Sackboys(ou girls) e os 4 precisam se entender em uma única tela, mas fique tranquilo que os desenvolvedores conseguiram fazer com que tudo funcionasse perfeitamente.

Na minha opinião, esse jogo foi uma das melhores coisas que aconteceram com a franquia, ele é divertido demais, com um design de fases super criativo e conta com um desafio bem bacana, principalmente no conteúdo opcional. Apesar do controle do personagem ainda manter uma certa similaridade com LBP, algo “meio” escorregadio, você conseguirá realizar todos os movimentos com maestria, sendo inclusive um jogo quase que perfeito para uma festa, eu mesmo não vejo a hora dessa pandemia acabar para juntar o pessoal e dar risada, principalmente nas geniais fases musicais.

Sackboy é radical demais.

Ué, fases musicais? Isso mesmo! Quem jogou Rayman Legends sabe do que to falando, são fases onde toca músicas famosas e o level design é orquestrado para funcionar de acordo com o que está tocando. Eu não vou estragar as surpresas e revelar quais músicas estão nelas, mas já adianto que são hits conhecidíssimos, atravessando várias gerações.

Para não dizer que o jogo é 100% diferente do LBP, ainda podemos coletar roupinhas para nossos Sackboys, esses colecionáveis estão espalhados pelas fases ou então podemos comprar na loja de um dos personagens insanos do jogo. Trocar as roupas é até recomendável para não confundir os bonecos durante uma partida multi-jogador!

SACKBOY TEM O RECHEIO CERTO

Confesso que ainda acho o visual do jogo meio macabro, ele não é exatamente super colorido como esperado de um jogo do gênero, entretanto isso não chega a ofuscar a beleza do jogo. No PlayStation 5 o jogo roda como um sonho, os 60 quadros constantes faz com que a experiência fique uma delícia e os gráficos, apesar de não serem dignos dessa geração, cumprem seu papel e dão vida a objetos que se assemelham aos da vida real, vide o próprio Sackboy.

Pelas comparações que vi na internet a fora, a versão do PlayStation 4 não deixa a desejar não, portanto quem tem esse console conseguirá se divertir muito com o Sackboy e seus amigos.

Os cenários são insanos.

A parte sonora é bem caprichadinha, além da dublagem excelente em português, as músicas compostas por uma infinidade de compositores diferentes, dão um charme único para cada fase. Fora as músicas famosas que já mencionei, eu fiquei realmente muito feliz com o que fizeram aqui.

Nada foi feito nas coxas aqui, são milhares de detalhes que enchem os olhos dos jogadores e mostram que ainda existe um apreço por jogos de plataforma 3D, certo fãs?

FLY ME TO THE MOON

Sackboy: Uma Grande Aventura não foi somente uma grande aventura, foi uma grande surpresa. Eu curti um pouco os primeiros jogos do Sackboy, mas com certeza esse título é o melhor já estrelado por esse menino-saco. Agora chegou a hora de voltar para aquele mundo insano, pois ainda há muito o que fazer!

Pros

O jogo já é divertido à beça sozinho, com os amigos então…

  • Visual caprichado rodando a 60 quadros por segundo é quase um sonho
  • Controles precisos, mesmo que ainda um pouco escorregadios… só um pouco
  • Trilha sonora caprichada, com direito a fases temáticas


Contras

  • Alguns desafios lhe obriga a jogar com mais jogadores
  • Apesar da arte bonita dos cenários, podiam ter usado uma paleta de cores mais quente… bem subjetivo, mas vale a pena mencionar


David Signorelli

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