The Dwarves é um jogo de ação em visão isométrica com elementos de RPG, desenvolvido pela KING Art e distribuído pela THQ Nordic.
Tenho que começar essa análise ressaltando o quão magnífica é a ideia de criar um game de rpg onde o foco de toda a trama gira em torno dos anões, criaturas incríveis do mundo de fantasia que sempre ou quase sempre são subjugadas a papéis secundários. Felizmente esse não é o caso aqui.
O game se inicia com uma batalha épica nos portões de Girdlegard, a terra dos anões, onde hordas de Orcs tentam invadir. Controlamos aqui o rei dos anões que há muito não entrava em uma batalha (sem dar spoilers mas é aqui que a trama é estabelecida). Uma criatura que lembra um elfo está controlando os Orcs e seu intuito é invadir Girdlegard, mas o ataque não é bem sucedido.
Anos se passam e você agora controla Tungdil, um jovem anão que terá que resolver diversos problemas, entre eles lidar com essa criatura. A história é um dos pontos fortes do jogo e ela é baseada no best-seller literário “The Dwarves” de Markus Heitz.
O game segue uma fórmula parecida com a franquia Diablo, a visão isométrica, cada personagem possui uma gama de habilidades especiais e enfrentamos hordas de inimigos, resolvemos problemas e lideramos quests memoráveis. Mas diferente de Diablo aqui controlamos personagens prontos, com enredo e personalidade, e podemos alternar entre eles durante a batalha, então enquanto um anão está impedindo os Orcs de passarem, podemos controlar outro que está destruindo as catapultas que estão dando dano massivo no grupo. Nesse aspecto o jogo também exige uma certa estratégia para melhor aproveitar os diferentes personagens.
Outro ponto interessante é que podemos pausar a ação a qualquer momento e jogar em uma visão tática, onde daremos as ordens a todos os participantes do grupo. Outra diferença interessante é a câmera, totalmente flexível, onde você pode alternar o zoom da forma que quiser assim como o ângulo, com uma liberdade que dá uma dinâmica diferente ao combate.
A exploração é um ponto forte também, enquanto vasculhamos o vasto mapa de Girdlegard, temos que cuidar para nossos recursos não acabem, dosando cada personagem que está junto e aceitar as consequências de nossas escolhas.
A física é um ponto a se ressaltar, os anões são criaturas poderosas que seguram armas e vestem armaduras imensas e isso é algo que é sentido enquanto você joga. Os anões são pesados e os golpes são lentos e o impacto disso numa batalha é divertidíssimo.
Os gráficos são bonitos, os anões são muito bem modelados, barbas e cabelos com feições caricatas, como imaginamos que um anão deve ser. O ambiente é igualmente bonito com montanhas, florestas e todo tipo de cenário de fantasia de RPG com uma iluminação incrível.
Se tiver que criticar algo, não gostei dos reflexos das armaduras de prata, ouro e metal. Ele é inexistente, dando muitas vezes aquela velha impressão de latão ao invés de ouro realmente ou aço.
A dublagem e a trilha sonora acompanha a maestria dos anões. As vozes são rústicas e grosseiras, enquanto uma mulher com voz suave narra a aventura, como nos clássicos do RPG de mesa. A boa notícia é que o jogo está totalmente legendado em português o que facilita o acesso para os brasileiros.
The Dwarves é um jogo incrível que traz uma atmosfera de fantasia igualmente magnífica. O carisma dos anões é infinito e o jogo cumpre o que promete.
Prós
- Bons gráficos
- Diferentes mecânicas de jogabilidade
- Enredo envolvente
Contras
- Inteligência artificial deixa a desejar as vezes
- Alguns glitches e bugs
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