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24, out 2019
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The Witcher 3 Portátil
Muito competente, mesmo num console tecnicamente inferior, trás toda a experiencia original. Viva aventura de Geralt, desvende os mistérios do desaparecimento de um ente querido e ponha um fim a uma ordem maligna tudo na palma de suas mãos.
The Witcher 3: Wild Hunt Complete Edition – Análise (Switch)

Em 2015, The Witcher 3: Wild Hunt era lançado para os consoles da geração atual trazendo um prestígio merecido para a desenvolvedora do game, com um RPG visualmente bonito em mapa aberto repleto de locais para se explorar, personagens carismáticos somados a um trabalho excelente de dublagem em várias línguas diferentes, inúmeras quests, itens para coletar e ambientado num mundo com muita vida num geral, logo ele se tornou um fenômeno na comunidade.

Geralt de Rivia, o herói do game, acaba se tornando uma das figuras mais queridas e conhecidas do universo dos games junto com o resto do carismático elenco principal.

Com tudo, eu não me interessei em jogar na época que saiu, talvez a premissa não tenha me agradado muito já que não sou muito fã de RPGs ocidentais, ou o hype no meu círculo tenha sido um pouco tóxico, acabei deixando de lado por alguma bobagem assim. Mas o mundo dá voltas e hoje eu digo que foi um desperdício não ter aproveitado uma das melhores experiências de jogos quando saiu originalmente, porém, pude viver a oportunidade de experimentar a versão do Nintendo Switch desta obra prima.

The Witcher 3: Wild Hunt realmente foi lançado para Nintendo Switch e eu estou impressionado demais com isso, nunca pude imaginar algo remotamente parecido acontecendo assim num console que é tecnicamente inferior as plataformas em que o jogo foi lançado anteriormente.

Um jogo de um tamanho de proporções colossais e com um nível de detalhamento muito fora do comum e ainda por cima rodando legal no console híbrido da Nintendo é surreal, mesmo que seja notável algumas quedas de frame-rate e downgrade das texturas, o jogo ainda tem um visual excelente plugado na TV ou jogando em modo portátil, vários momentos fiquei boquiaberto enquanto cavalgava por Touissant ou em grandes centros populosos por exemplo.

Tecnicamente falando, as taxas de quadro e a resolução são os pontos que mais se nota quando estamos jogando no Nintendo Switch, embora sejam igualmente legais de serem jogados, jogar no portátil ao invés de na doca, ainda é a melhor maneira de se curtir o game na minha opinião. Os huds são ajustáveis para melhor se adaptarem aos olhos e em tela reduzida esses problemas mais técnicos como texturas e draw-distance são menos notáveis, pelo menos na minha opinião.

Desenvolvido e distribuído pela talentosa CD Projekt Red Studio, esse port traz a aventura original com todas as DLCs e mais duas expansões Blood and Wine e Hearts of Stones, somando fácil mais de 100 horas de conteúdo neste massivo e imersivo RPG open-world. As expansões podem ser jogadas no momento em que se inicia o game sem ter a necessidade de zerar a campanha principal. Legal para quem já zerou o jogo e quer só aproveitar os conteúdos extras.

Vale ressaltar o excelente trabalho dos dubladores brasileiros que realizam com maestria a tarefa, incorporando os personagens como muito talento. É de encher de alegria poder escutar e ler os games no nosso idioma e sentir o tratamento com muito esmero a causa. Tanto a parte de dublagem quanto a trilha sonora, o pessoal tá de parabéns. Não botava muito fé nesse aspecto, mas eu gostei de ser impressionado e ter essa sensação de mudança de opinião. Muito legal!

O game tem uma temática primordialmente pesada, trata-se de um RPG voltado para o público adulto mesmo. Situações de combate em campos de batalha, guerra, miséria e assassinato são temas comuns por onde a história do game se desenrola e os eventos não vão medir piedade para mostrar nosso herói decapitando alguém ou quando vemos várias pessoas enforcadas numa árvore a distância. Embora acabe sendo um pouco obscuro, os belos cenários e muitas das quests vão dar uma aliviada legal nesse sentido, não deixando que tudo fique voltado na base da melancolia, porque apesar de tudo você pode tomar decisões bem humanas em prol de muita coisa boa também… ou ser um completo rude e seco.

Os muitos personagens que interagimos no jogo são bem únicos e nunca parecem repetidos, a história de cada NPC importante agrega bastante para o lore do game em geral pois muito das escolhas que você toma acabam afetando severamente um desfecho em uma outra situação mais pra frente, fazendo você sofrer alguma consequência mesmo que suas intenções sejam boas no momento, com tudo, isso soma bastante para o compilado de informações sobre uma pessoa ou a região que você se encontra ou até mesmo sobre um rolo que está acontecendo atualmente entre duas forças conflitantes, porque o leque de escolhas lhe permite aprofundar num determinado assunto.

Me lembrou muito Suikoden 3 e Assassin’s Creed Odyssey a questão do story-telling, maneiro pra caramba. Enriquece a jogatina e familiariza mais rápido o jogador com as muitas nomenclaturas confusas do game (caso não tenha jogado os anteriores, como foi na minha situação).

O gameplay flui bem pra caramba a partir do momento em que entendemos o que estamos fazendo. Como tem muita coisa para se fazer no game, isso pode acabar deixando a jogatina meio pesada para quem tem aquela sede de completar as coisas, você pode ser interrompido a qualquer momento por alguém pedindo algo, ou para coletar uma das centenas de milhares de itens que servem para todo tipo de criação de outros itens, alquimia, forjar armas, acessórios e etc, e acabar não focando no que realmente importa para o núcleo do game; as batalhas.

Os combates em The Witcher 3 são focados principalmente em reduzir o avanço de vários inimigos, usando tudo ao seu dispor, como armas e sinais mágicos que auxiliam em atacar magicamente ou protege-lo, e como o grau de complexidade aumenta a medida que avançamos na história do game, o jogador pode acabar se embabacando ou errando comandos se não mantem uma prática constante, algo que ocorre quando se desvirtua bastante em sidequests e outros extras. Além das batalhas normais, temos a dos contratos com os monstros especiais – monstros que requerem muita habilidade do jogador no domínio das magias e outros recursos de batalha, o que fez eu morrer diversas vezes estudando o comportamento dos monstros..

Nesse sentido eu não vejo muito problema, mas o controle do Switch não é o melhor controle para jogos de ação na minha opinião, alguns atalhos e acessos são atrapalhados pela disposição dos analógicos que nos complicam um pouco no calor das batalhas.

Tendo isso dito, The Witcher 3: Wild Hunt + DLCs e expansões é muito competente, mesmo rodando num console tecnicamente inferior, ele trás toda a experiencia original de 2015 na palma de suas mãos. Reviva a aventura de Geralt de Rivia, desvende os mistérios por trás do desaparecimento de um ente querido e ponha um fim nas ambições de uma ordem de guerreiros corruptos hoje mesmo.

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  • Toda experiência pode ser curtida no Nintendo Switch, com os 16 DLCs e expansões
  • Mundo imenso para explorar, cheio de conteúdo rico e interessante
  • História cativante, excelentes personagens orquestram com maestria a jogatina
  • Decisões realmente repercutem nos eventos seguintes
  • O game de cartas é massa

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  • Interface escuta e pouco intuitiva
  • Combate complicado demais, confuso e injusto
  • As texturas as vezes parecem muito borradas

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Fábio Kraft
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