Análises

BlazBlue: Cross Tag Battle – Análise

7
Lutinha com crossovers épicos
BlazBlue: Cross Tag Battle é um excelente jogo de luta 2D com vários crossovers de universos diferentes. O que é desanimador ter que contar com DLCs para completar um jogo que supomos que viria completo por si.

BlazBlue: Cross Tag Battle é um excelente jogo de luta 2D desenvolvido para o PlayStation 4, Nintendo Switch e Steam, com vários cross-overs de universos diferentes, que vai desde BlazBlue, Persona 4 Arena, RWBY e Under Night In Birth, uma verdadeira pancadaria generalizada repleta de luzes, combos e encaixes de golpes que são clássicos da softhouse.

Esses úniversos serão ampliados com as DLCs já anunciadas pela empresa, então será um game que sempre sofrerá mudanças positivas ao longo das temporadas, o que é ótimo porque o game terá um valor de replay excelente. Até porque alguns desses personagens que não estão disponíveis para jogar já estão no modo história. Estranho, não?

Desenvolvido e distribuído pela Arc System Works, o jogo tem uma pegada que lembra muito games como Guilty Gear Xrd e Dragon Ball Fighter Z, que tem essa mistura maneira de personagens 3D estilizados em animê, que por sinal, são os dois títulos mais bonitos dos quais eu consigo me lembrar que adotaram esse tipo de arte.  Neste sentido, BlazBlue: Cross Tag Battle apresenta-se grandiosamente como um dos jogos de luta com um potencial enorme a ser explorado por conta da puxada de fanservices e pelos controles simples de adaptar.

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Graficamente e artisticamente falando, BlazBlue CTB é bem competente. Qualidade dos modelos dos personagens estão muito bonitos, nítidos e com a animação suave e fluída. Os cenários são bem variados também, não são incríveis e maravilhosos, mas são bem diferentes uns dos outros e, aliados aos temas de batalha nos estágios, tudo dá uma mascarada bem positiva, faz o gameplay ficar animado, elétrico e satisfatório.

A trilha sonora do jogo também merece um destaque de elogios, num geral, toda questão sonora do game é fenomenal, mas isso acontece em todos os jogos desses universos de BlazGear, correto? Eu particularmente amo os temas de rock pesado para jogos de luta, pra mim, é o que melhor encaixa nesse gênero.

Mas, contudo, BlazBlue: Cross Tag Battle tem um gameplay que se assemelha bastante uma mistura de Guilty Gear com Marvel Vs Capcom, o originalzão do arcade e PlayStation One.

Porque isso? Porque você pode alternar entre eles a qualquer momento durante as batalhas. Ao iniciar uma luta, você selecionará dois personagens para compor sua equipe, e a medida que a necessidade bate, você pode ir trocando de personagem para poupa-lo quando a energia está baixa ou para emendar uns combos.

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Gosto muito desse dinamismo nas lutas, mas por algum motivo eu percebi que algumas combinações de personagens parecem mais desbalanceadas que outras, o que me deixa meio preocupado quando vou jogar online com alguém.

Modo online, falando nele, é muito competente também, posso dizer que pelo menos a versão do Nintendo Switch roda direitinho e é super sem burocracias para encontrar um par para lutar. Pessoal da ArcSys mandou bem pra caramba nisso.

Um dos pontos que eu particularmente menos gostei, (além do estranhíssimo menu caminhável no game, cujo qual você literalmente e opcionalmente caminha até as opções com o Ragnar em SD) no sentindo de ter aquele sentimento de conclusão, é que a história do jogo não apresenta nenhuma rota ou final satisfatório, de todos os 4 possíveis episódios.

A trama é tenta se fazer sentindo encaixando particularidades das séries nas situações de “fomos todos transportados para esse mundo”, um cliché que não precisa ser necessariamente ruim… mas é ruim de toda maneira. Dá para se divertir com algumas linhas de texto e a dublagem, mas num geral, é só pretexto para fechar o pau com os outros personagens.

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Os personagens são bem autênticos no entretanto, para quem conhece eles fora de Blazblue, vai conseguir esboçar alguns sorrisos durante a jogatina neste modo.

Por fim, o jogo parece um experimento de gente maluca, parece que foi executado com muita inspiração em games que já fazem isso de maneira muito bem feita como Smash Bros, mas que talvez, apesar de ser um game super divertido, não esteja lá ainda nas ideias. É uma opinião pessoal, deixo claro.
É desanimador ter que contar com DLCs para completar um jogo que supomos que viria completo por si só, mas, existe público para tudo nesse mundo e se eu tivesse como investir nelas, eu certamente as compraria também.

Pontos Positivos

  • Os universos de 4 séries populares juntas num mix de batalhas bem feitas e eletrizantes
  • Trilha sonora é um ponto super positivo, fenomenal
  • Modo online funciona bem pra caramba, é o modo mais divertido na minha opinião
  • Gameplay sólido e fácil

Pontos Negativos

  • Modo história é fraquinho
  • Personagens de DLC já estão disponíveis para se lutar na história, mas não para controlarmos
  • Que menu principal é esse?
  • Parece um pouco desbalanceado, há uma clara discrepância entre times

Fábio Kraft
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