CrisTales
CrisTales é a surpresa do ano. RPG de primeira nos moldes clássicos com cenários baseados nas localidades colombianas. Muito massa!
CrisTales é uma surpresa muito especial pra mim. Eu sou fã de jogos de RPG desde sempre e sem dúvidas é meu gênero favorito dentre todos eles, e me impressionar positivamente com algo que eu sou realmente apaixonado é muito gostoso. Disponível para todas as plataformas modernas, esse review é baseado na versão do Nintendo Switch, e joguei muito também no Xbox Series S para fins comparativos.
CrisTales é uma aventura que atravessa o novo com o clássico, misturando tudo o que há de bom nos RPGs modernos com o que há de melhor nos games antigos. Batalhas por turnos, enredo marcante, personagens carismáticos, totalmente dublado e uma trilha sonora maravilhosa composta pelo grande Tyson Wernli, @com_poser, no Twitter.
Desenvolvida pela Dreams Uncorporated, SYCK e Poppy Works e publicado pela Modus Games, esse é um exemplo primoroso de como estúdios indies conseguem mesmo tirar água de pedra. Com isso e dito e sem mais delongas, me acompanhem aqui nesta análise, pois contarei melhor sobre minha experiência com esse título maravilhoso.
E se eu começasse a análise dizendo que o jogo é de uma softhouse colombiana? E que os cenários, algumas peças da trama interna, personagens, são inspirados na cultura do país? Muito louco, não? Acompanhando as entrevistas dos criadores do jogo, é possível ver claramente a paixão e a necessidade de difundir culturalmente os jogadores de RPGs para essa estrutura maravilhosa que é a arquitetura e a cultura em si. Embora meio sutil esses detalhes, quanto mais a gente se aprofunda nos internos da produção, mais legal fica a experiência durante a jogatina.
Parece muito um papo de nerd isso, mas expressão artística é a alma da coisa toda, e eu digo que os resultados são impressionantes e fascinantes ao mesmo tempo.
A aventura conta a história de Crisbell, uma menina simples que desperta de um poder oculto que lhe permite ver o passado e o futuro, tudo acontece após a invasão de duas generais comandadas pelas forças opositoras, forçando-a a brandir sua espada e fugir de sua cidade natal para se tornar mais forte para assim poder confronta-las à altura.
Junto de Christopher e Wilhelm, Crisbell viajará para lugares mágicos e coloridos, cheios de diversidade climática, cultural e regional que compõe esse universo tão vívido desse jogo.
O envolvimento com as pessoas e as sidequests dos locais são importantes que uma atenção seja dada pelo fato que isso implicará diretamente no final verdadeiro do game, e como não há um New Game+, é interessante manter algumas cópias nas decisões mais importantes ao concluir um arco, então nada de jogar o jogo voando, em? Apesar de que algumas dessas missões são bem trabalhosas de se completar.
As sidequests são bonitas, bem montadas e emocionantes na maioria dos casos, é uma parte integrante da trama do jogo e sempre irá prendê-lo naquela bolha, com o sentimento de nunca querer prosseguir e deixar as coisas inacabadas por aí.
Somando positivamente ainda, a trilha sonora é de primeiríssima como comentei no início da análise, o tema de batalha normal que sofre alterações ao prosseguirmos no jogo, é uma das minhas top 3 músicas de games desse ano sem sombra de dúvidas.
No que diz respeito ao gameplay em si, Cristales é um RPG de turnos classicão, cada um dos personagens que compõe sua equipe é especialista em alguma área, como por exemplo, Crisbell é balanceada em ataques físicos e suporte enquanto Christopher é especialista em magias de ataque e Wilhelm tem um foco de debuff nos inimigos. Posteriormente recrutaremos mais 3 personagens jogáveis, mas não darei mais informações por questões de spoiler, mas adianto que transformam muito a maneira que jogamos nas batalhas.
A exploração de dungeons e cidades são bem autoexplicativas e funcionam como se espera em um RPG clássico; andar, resolver puzzles, coletar itens e enfrentar batalhas aleatórias, só coisa boa. O jogo se divide em “5 capítulos”, podendo ser finalizado em 30 horas se jogar devagarinho e curtindo. Lembro que o game não possui um new game+, então para quem gosta de ir atrás de troféus e etc, preparem-se para criar vários saves antes da decisões importantes.
O que é lamentável é que na versão do Nintendo Switch os loadings são muito longos para praticamente tudo que se faz no game, completamente oposto do que encontramos nos consoles concorrentes. Mas isso também não atrapalha a experiência em momento algum, mas pode incomodar para quem quer ficar grindando alguns níveis– aí fica cansativo mesmo.
Eu recomendo sim, recomendo fortemente que as pessoas que são fãs de RPGs experimentem esta obra prima, é garantido que o game gerará momentos inesquecíveis de pura alegria e diversão. Os pontos positivos são muito maiores em comparação com os negativos, que jogo bem polido, bem feito. A softhouse está de parabéns, espero ansiosamente mais games dessa empresa a partir de agora.
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Excelente jogabilidade.
Cenários diversificados pra caramba.
Personagens e enredo cativante.
Sistema de batalha divertido e recompensador.
Trilha sonora e departamento artístico top.
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As telas de loading no Nintendo Switch são muito demoradas.
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