Análises

Chicory: A Colorful Tale

10
O que eu pinto aqui??

Chicory é um Adventure RPG 2D muito competente, trará muitos sorrisos aos jogador com certeza.

Chicory:  A Colorful Tale é um jogo indie perfeito, publicado pela Finji e bem inspirado em The Legend of Zelda, é um jogo onde você é uma pintora em um mundo que acaba de perder sua cor para um acontecimento misterioso. Como a nova pintora nesse mundo, seu objetivo é descobrir o que aconteceu com as cores e ao mesmo tempo ajudar as pessoas a sua volta usando o seu pincel.

O gráfico de Chicory é muito fofo e casa muito bem com a seu universo em um todo, mas o seu grande diferencial está na liberdade criativa que o jogador pode ter interagindo com as cores do mapa.

Você como a pintora, carrega um pincel gigante consigo, e pode pintar todo o cenário incluindo os NPCs, então isso dá uma bíblia de possibilidades para o jogador liberar sua criatividade.

Eu, como um desenhista profissional, me apaixonei à primeira vista com essa ideia, tendo toda essa gama de diversidade, o jogador chega a fica sem ar com tudo que pode ser realizado, desde simplesmente colocar algumas cores no “pontos certos”, até uma complexa pintura.

Os NPCs são super criativos e cheio de surpresas legais.

A jogabilidade é bem simples, e os controles muito responsivos. Você controlará os movimentos da protagonista, andando pelo mapa, controlando o pincel, pintando, apagando e usando isso para passar os obstáculos em seu caminho.

Pessoalmente digo que o jogo não te dará muitos desafios, com puzzles bem simples que se resumem a usar o pincel para realizar diversas tarefas e auxiliar o protagonista a passar dos entraves, conseguir mais skills para continuar fazendo do mesmo em outros pontos do mapa, mas isso não deixa o jogo chato ou repetitivo, aliás, isso na verdade deixa tudo mais fluido e tranquilo, fazendo com que o jogador não se estresse jogando mas, também, contrabalanceando aqui e ali.

Os puzzles são frequêntes, mas são bem inteligentes também.

Em minha opinião, a melhor parte deste jogo mesmo são os diálogos com os NPCs, absolutamente todos os personagens tem algo interessante ou divertido a se dizer, alguns com uma linha de dialogo extensa e outros mais curtos do que eu queria que fossem, pode-se começar uma conversa com qualquer personagem, lendo e se divertindo nos bate-papos agradáveis do jogo, e acabando ao terminar uma conversa, você pode voltar a falar com eles que sempre haverá algo novo a ser dito ou apenas uma continuação do papo passado.

Como eu havia dito no começo, como a nova pintora, você deve ajudar as pessoas a sua volta, e com isso caímos nas famosas side quests.

Conversando com os NPCS a sua volta, geralmente eles te pedirão algo, como por exemplo, pintar a casa de um lenhador durão com cores fortes, ou entregar cartas que mostram mais dos personagens que você já conhecia, ou até mesmo apresentar novos  indivíduos.

O mundo de Chicory pode ser meio psicodélico as vezes.

As side quests na minha visão, são uma das coisas mais importante para se fazer no jogo e incrivelmente isso afetará na conclusão, não dando um final alternativo, mas entregando algo melhor, mais profundo e emocionante.

Ao contrário dos puzzles, as lutas contra os bosses não são tão fáceis como se imagina, mesmo com um aspecto fofo e até mesmo meio infantil, os chefes me fizeram tremer na base, com lutas muito dinâmicas, misteriosas e cheias de sentimentos misturados, o jogador fica mais imersivo  na história daquele universo apenas se encontrando com eles, despertando um sentimento de curiosidade, tristeza, e até mesmo raiva no meio das lutas.

O departamento sonoro do jogo é excelente, todas as músicas desse jogo são perfeitas! Combinando muito com o jogo, a trilha sonora de Chicory é extremamente relaxante e casam muito bem com ambiente em que o jogador está, cavernas, cidade, pântano ou floresta você se verá aproveitando cada segundo daquele meio com as músicas muitíssimo bem trabalhadas.

As árvores negras são a causa dos problemas.

Com o mundo perdendo as suas tão preciosas cores, você deve ir atrás das respostas desse acontecimento.

Falando com os NPCs a sua volta e explorando o mapa, você verá que, desde que tudo começou, algumas arvores negras gigantes começaram a aparecer e causar pânico aos habitantes, e como pintora, teremos que descobrir o motivo desses acontecimentos a ajudar todos a sua volta.

Chicory: A Colorful Tale é um dos melhores jogos que eu joguei esse ano, com uma trama que seja por side quests ou até mesmo a seu enredo principal, não tem como não se emocionar ou se divertir.

A jogabilidade, o enredo e a trilha sonora desse jogo são perfeitas e é uma ótima opção de jogo para relaxar e até mesmo espairecer depois de um longo e cansativo dia.

Pros

Personagens são legítimos e bem desenvolvidos.

O universo do jogo é fantástico, principalmente para quem já desenha.

Trama envolvente e com uma conclusão linda.

Contras

Difícil apontar algum problema, talvez só achem quem não gosta do gênero mesmo, mas eu particularmente não consigo pensar em algo que reduza a pontuação do game.

Luis Felipe Heiss
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