Análises

Astria Ascending

9
É um casamento de Valkyrie Profile com Final Fantasy 12.

Astria Ascending é um jogo espetacular, um pacote completo para aqueles que gostam de um bom RPG de turnos.

Astria Ascending é um belíssimo e completo jogo de RPG em turnos produzido pela Artisan Studios, Dear Villagers e Maple Whispering, disponível para todas as plataformas modernas de jogos.

Esta análise foi baseada na versão do Nintendo Switch, cujo qual ficou muito boa em muitos aspectos e infelizmente, muito ruim em quesitos de interface mesmo. Me acompanhe nesta análise para eu explicar melhor o que acontece.

A arte é bela até nessas imagens de mapa.

Primeiramente, Astria Ascending vai agradar bastante os fãs de Valkyrie Profile devido às semelhanças que o jogo trás, quando eu peguei pela primeira vez para jogar, eu fiquei feliz com a direção que a softhouse tomou para construir a fundação do gameplay dele, embora seja só uma observação, mas a maneira que se joga é bem semelhante, as dungeons são todas em um side-scroller 2D, mapas em 3D que são ótimos para se navegador, e que conta a história de 8 semideuses conhecidos como “os 8 predestinados”, estes vindos de regiões distintas que abandonaram suas vidas para servir a um propósito maior, mais nobre, de manter a ordem contra seres chamados de “noise”, que constantemente surgem para tentar destruir a paz do mundo onde nossos protagonistas se encontram.

Cada personagem tem seu próprio background que é construído conforme o jogador vai avançando no jogo,seja com missões principais ou com secundárias, fazendo com que seja mais fácil de nos importarmos e nos identificarmos com eles. São personagens muito bem construídos e pensados, nos apegamos facilmente aos muitos que estão disponíveis para se jogar. Eu como artista, fiquei apaixonado com o character design feito pelo Akihiko Yoshida, o mesmo cara responsável por trabalhos em Nier Automata e Bravely Default, muito legal.

Graficamente, Astria Ascending em minha opinião é algo que chamou muito minha atenção, com cenários e personagens inteiros desenhados a mão e com um estilo de arte impecável. Não só a beleza estética de todos os componentes que fazem parte, mas a excelência de como os objetos são encaixados é o que faz a mágica toda acontecer. O level design das fases, das cidades, é um negócio que foi feito com um esmero enorme. O departamento artístico é incrível.

Lógico que teria um baú no final do penhasco.

A única reclamação real que eu tenho do jogo é o tamanho das fontes. Gente, a galera tem que forçar a vista para ler alguns textos nesse jogo, mesmo colocando a fonte em “grande”, fica tudo muito pequeno, e não é só texto de diálogo, mas os danos, descrições e coisas importantes também. Incomoda muito a longo prazo, sério mesmo.

O gameplay como eu havia mencionado anteriormente, trata-se de um RPG de turnos que todos nós já estamos familiarizados, conhecemos com o diferencial de algumas features, como foco que, ao ser usado, aumenta o dano causado dos ataques ou efeito das magias, e a troca dinâmica de personagem durante o combate.

Parece até uma pintura, meu deus.

Como eu havia dito também, o jogo conta com 8 semideuses em sua equipe, porém em batalha você poderá apenas usar 4 deles e ir alterando durante os turnos, todos tem suas habilidades distintas que são denominadas através das classes que os representam, e isso será de extrema importância para o jogador, pois para alcançar o máximo de aproveitamento, como causar dano, deve se explorar as fraquezas dos inimigos para ganhar o tal do fóco, que por sua vez aumentará as suas chances de acertos criticos de dano bruto ou elemental.

Sobre o que ouvimos no game, uma trilha sonora memorável composta pelo gênio Hitoshi Sakimoto, o responsável pelas trilhas sonoras de Final Fantasy XII por exemplo, nos trás um sentimento de completa imersão durante os vários momentos do game, em situações da trama, locais de exploração e principalmente nos temas de batalhas, orquestrando os muitos conflitos desafiadores e complexos.

Os Semi-Deuses terão muito trabalho pela frente.

Por fim, Astria Ascending é um jogo espetacular, um pacote completo para aqueles que gostam de um bom rpg de turnos com musicas, historia e gráficos marcantes, mas infelizmente o game teve alguns bugs visuais que eu achei irrelevante citar nesta análise pois já foram remendados em fixes recentes.

O jogo pode ser concluído na faixa das 40 horas se não correr muito. Há bastante coisa para se fazer, muitas quests, chefes opcionais e itens para colecionar, enriquecendo bastante a jornada super agradável que é esse jogo

Luis Felipe Heiss
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