Sword Art Online: Hollow Realization – Análise
Sword Art Online: Hollow Realization, desenvolvido pela Aquaria e publicado pela Bandai Namco, é um rpg-ação para o Playstation 4 e PSVita.
Baseado no light novel/ anime, o jogo se passa 3 anos depois dos acontecimentos do Sword Art Online original. Criado sobre os olhos críticos do criador da série, Reki Kawahara.
História
Sword Art Online é um MMO de realidade virtual lançado em 2022 onde o jogador permite-se viver no mundo digital através de um acessório chamado Nerv Gear, no qual todos os sentidos do jogador são transportados para o jogo, criando a imersão de como se estivesse andando pelos cenários do ambiente do jogo.
Ao logar pela primeira vez, todos os jogadores descobrem que estão presos no jogo e são incapazes de deslogar do mesmo, sob a ameaça de morte real. O criador do universo de Sword Art Online anuncia que a única maneira de saírem vivos de lá seria subindo ao 100º andar e derrotando o último chefe.
O herói da série, Kirito, junto de Asuna e outros companheiros, desbravam todos os andares e posteriormente liberam os jogadores dessa prisão virtual, acabando com a ambição de Akihiko Kayaba, o criador do jogo.
Como dito anteriormente, Hollow Realization ocorre 3 anos depois dos eventos de Sword Art Online, agora, num mundo mais aberto e livre do caos anterior.
Gameplay
O game é um RPG de ação com um gameplay muito rico e completo composto por um sistema de batalha versátil com um excelente grau de dificuldade e personagens quase que inteiramente customizáveis.
Diferente do seu antecessor, neste jogo você poderá ter até 4 personagens (incluindo você) em sua equipe. Cada um com uma especialidade técnica e uma árvore gigantesca de habilidades e atributos que podem ser aprendidos e desenvolvidos. A equipe vai consistir no seu personagem principal, todos os personagens característicos da série e mais de 300 NPCs jogáveis que podem ser recrutados durante os mapas de aventura ou na cidade.
Durante as batalhas você poderá dar ordens especificas para sua equipe auxiliando com um combo ou encaixando golpes especiais e estratégias para causar um estrago maior no oponente através de um recurso chamado Switch, que permite a continuidade de um combo no final do que o jogador estava executando.
O jogo possui um sistema de lock-on e controles excelentes que ajudam muito na hora de enfrentar uma quantidade maior de inimigos no campo ou um Named Monster, que são os chefes opcionais, que geralmente requerem maior atenção para executar os contra-ataques e parries.
Os combates são em tempo real e todas as ações funcionam com “cool down”, necessitando de um tempo entre uma ação e outra do mesmo tipo, incluindo defender e curar usando um item, por exemplo. Isso elimina qualquer possibilidade de vencer um chefe difícil sem um preparo prévio, como visto na grande maioria dos RPGs online.
Voltando para exploração, os recrutamentos são feitos através de pequenas interações conversando com os NPCs durante o progresso do jogo, respondendo perguntas ou doando e trocando equipamentos.
Quando se tem um certo grau de intimidade, dado como grau de nível 3, eles estarão disponíveis para serem utilizados em combate, agregando mais versatilidade ao time.
Esse é um ponto forte a ser ressaltado pelo fato de que essas interações fazem parte de um importante sistema de “dating sim” que pode afetar diretamente o desempenho nas batalhas, frequência de cura e ataque, uso de ataques que causam stun, dentre outros diversos tópicos. São responsáveis também por liberarem pequenas cenas especiais e dialogo entre os personagens principais.
Gráficos
Os gráficos são bonitos mas como é um jogo que tem port para o PSVita, eles tendem a ser mais simples por conta da restrição de hardware.
Mesmo assim nada impediu o jogo de ser muitíssimo bem trabalhado nos efeitos e detalhes dos cenários e personagens, principalmente com os ambientes abertos e florestas.
Ele recebeu diversas melhorias sobre os títulos anteriores lançados para a mesma plataforma, inclusive de desempenho e framerate. O jogo roda a 1080p e 60 FPS no PS4.
Sons
Trilha sonora fantástica, composta por Yuki Kajiura, que trabalhou em grandes clássicos de animes como Noir, Hack Sign, Gundam SEED, e jogos como Xenosaga.
Inspirado em temas de RPG online, a trilha sonora é bem variada e muito gostosa de se escutar enquanto perambulamos pelo universo do jogo, contando sempre com excelentes temas de mapa, cidade e dungeon principalmente. O tema de batalha convencional e os de chefes são de muita energia e de um alto astral excelente, dando o toque e a motivação para seguir adiante nos confrontos.
A dublagem toda em japonês é impecável com realismo e interpretação fenomenal, principalmente de Yoshitsugu Matsuoka, o dublador do Kirito e Haruka Tomatsu, dubladora da Asuna, o par romântico do herói.
Sword Art Online: Hollow Realization é um jogo que vai certamente agradar mais aos fãs dos jogos anteriores e do anime, mas quem está começando a série por ele terá bastante embasamento dos eventos anteriores.
O jogo tem aproximadamente 30 horas de duração, no modo história, e aproximadamente 80 horas para concluir todos os extras.
Existem muitas quests para serem feitas, muitos personagens para recrutar e muito conteúdo de equipamento raro e customização para serem feitos. É um RPG completo, fluente e muito bonito.
Dos que eu tive o prazer de jogar esse ano, este certamente está nos que eu mais gostei.
Prós
- Sistema de evolução de personagens, skills e equipamentos bem completo
- Sistema de batalha fácil de aprender e com menus intuitivos
- Interface amigável e fácil de navegar
Contras
- Início do jogo com tutoriais confusos e um pouco frustrante
- O jogo possui um foco muito alto no dating sim, desvirtuando muitas vezes do progresso da história
- Inteligência artificial dos companheiros de batalha é baixa
- Silent Hill 2 - 25 de outubro de 2024
- Ys X: Nordics - 14 de outubro de 2024
- Octopath Traveler - 25 de julho de 2024