Análises

Tales of Symphonia Remastered

7
O Remaster que os fãs estavam pedindo tanto finalmente chegou... devendo um pouco

Eu recomendo tranquilamente para as pessoas que não conseguiram jogar com qualidade o jogo na época, tiveram que recorrer a recursos estranhos para tal, esse remaster é uma boa pedida de fato, pelo menos na versão do PS5 que ficou impecável.

Tales of Symphonia Remastered é, sobretudo, uma oportunidade legal para quem não pode experimentar o game na época do seu lançamento original para para o Gamecube no início dos anos 2000, e também, para quem quer conhecer umas das melhores experiências eleitas pelos fãs da série Tales of, muito embora eu, particularmente, não não ache que esse jogo seja tudo aquilo.

Como o hipster que sou, prefiro muito mais o 2 do que o primeiro, por vários motivos, e o principal é de fato o enredo, mas vamos lá..

Embora seja lamentável a questão das taxas de quadro não terem se mantido em 60, o jogo teve diversas melhorias na questão de texturas e resolução em comparação ao original, mas essa foi a principal diferença que notei entre os dois, algo que realmente não afeta tanto a experiência enquanto jogo, mas que dá uma torcida no nariz um pouco até que dá, mas há outros fatores legais que compensam bem esses detalhes.

Cena da fantástica abertura do jogo.

A versão que joguei foi a do PS4/ 5, que não teve aqueles pequenos detalhes bem feios que tiveram na versão do Nintendo Switch, que é basicamente a transição de tela para as batalhas e os loadings bem longos, talvez dado se ao fato que esse remaster foi baseada já na capada versão lançada para o PlayStation 2 e não sob a versão do Gamecube. A diferença real é que o jogo contém as duas aberturas em animê junto com a dublagem original em japonês.

“Como nós podemos ir em uma jornada para regenerar o mundo se nós não conseguimos nem salvar as pessoas que estão na nossa frente?”

Tirando esses problemas técnicos o jogo permanece igual ao original, dito isso podemos curtir a aventura de Lloyd e Colette para reviver o mundo assim ameaçado. Se tratando de um game que foi lançado no início dos anos 2000, ele até envelheceu bem, pois o sistema de jogo e de batalha ainda manteve o mesmo aspecto que adoramos da franquia, como a liberdade de escolha dos personagens e de movimento não estratégico nos combates, algo que foi introduzido no quesito estratégia do jogo com a movimentação por todo campo de batalha, exigindo que nas batalhas mais complicadas, o posicionamento seja levado em consideração, já que muitos dos chefes usam magias com alcance em elipse, magias como Thunder Blade e Absolute por exemplo.

Tiger Blade!

Graficamente o jogo está bem bonito até porque o original já teve um charme inegável no quesito ambiente e design de personagens, um verdadeiro clássico. Mas os cenários tiveram sim notáveis retrabalhadas bem legais, coisas como os objetos contidos no ambiente e tão bem como as dungeons tem um jeito mais vívido do negócio, é algo realmente espetacular diga-se de passagem. Não sei se foi só eu que notei, mas as músicas também parecem que tiveram um aumento na qualidade, dá um aspecto mais cuidadoso na trilha sonora, efeitos e etc, algo que eu frequentemente presto bastante atenção. Feliz para as pessoas que curtem o trabalho do mestre Motoi Sakuraba de fato.

Galerinha do bagulho.

Dessa vez a dublagem pode ser escolhida entre inglês e japonês, porém os textos não estão em português, sendo necessário o conhecimento básico de leitura e interpretação para curtir o game em sua plenitude. Um dia a gente chega lá, mas a hora não é essa para quem estava esperando por isso.

Nada como poder voar.

O jogo conta com bastante conteúdo do original, claro, o que nos leva a uma aventura de mais de 40 horas de duração jogando na dificuldade padrão, e para quem quer curtir o game nas dificuldades maiores, está disponível o new game plus que carregará o conteúdo comprado com seus Grades obtidos em batalha, que irão facilitar um pouco o pequeno toque da masoquismo nas dificuldades mais elevadas, porém, sempre é um agrado maior pra quem tá buscando um desafio extra no seu game.

VEREDITO

Eu recomendo tranquilamente para as pessoas que não conseguiram jogar com qualidade o jogo na época, tiveram que recorrer a recursos estranhos para tal, esse remaster é uma boa pedida de fato, pelo menos na versão do PS5 que ficou impecável. Não me entendam mal, a versão do Switch ficou bem legal também, o problema mesmo é a questão cosmética do negócio, então é tranquilo de conferir também. Ainda espero ansiosamente pelo Knight of Ratatosk que é o 2, e que tenha um tratamento tão bom quanto essa versão teve. Ah, antes de finalizar, você pode assistir aos episódios do animê na conta oficial da Bandai Namco no Youtube, se não me falha a memória, disponibilizaram até o episódio 6 até o presente momento em que esse review está sendo escrito. Confiram lá!

David Signorelli