Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin é a continuação direta do primeiro lançado para o 3Ds em 2016. Desta vez a Capcom se superou, é incrível como esse jogo ficou bonito no Nintendo Switch. Momentos de apreciação como fã da série me deixaram boquiaberto durante as minhas 60 horas de jogo investidas aqui, excluindo o post-game, claro.
Assim como os outros jogos da franquia, Monster Hunter Stories 2 tem um perfeito balanceamento entre gameplay e enredo, mantendo o jogador sempre cativado. Então deixarei aqui apenas a premissa do que ocorre.
Como um Rider, você terá que seguir os paços de seu avô desvendando os mistérios que estão em torno dos poços que apareceram repentinamente em diversas regiões, coisas que estão relacionadas a uma profecia antiga que dita o fim do mundo.
As asas da ruina estão ligadas ao ovo de Rathalos que lhe é entregue por uma antiga amiga de seu avô, e a partir desse encontro fatídico, uma grande aventura começa.
Como seu antecessor, Monster Hunter Stories é um RPG de turnos com elementos característicos da série e com muita coisa nova posta a mesa. Assim como o original, o segundo jogo da franquia absorve tudo o que já era bom e faz um polimento fantástico em suas mecânicas principais, narrativa, gráficos e desempenho, puxando o Nintendo Switch para o seu limite.
O game tem um jeitão de animê que se assemelha bastante aos jogos atuais da franquia Pokemon, bem diferente do estilo artístico que a softhouse adotou para o Monster Hunter World e Iceborne. Isso pode acabar deixando alguns fãs um pouco mais céticos quanto a qualidade do jogo, mas não se deixe enganar pelo visual infantil em momento algum – o jogo tem sim uma trama emocionante, envolvente, com personagens carismáticos e muitos momentos chocantes aliados a um desafio elevado.
Gosto de enfatizar os detalhes relacionados a arte pois é simplesmente maravilhoso mesmo, os cenários são ricos, cheios de vida, bem diversificado nos biomas, indo de extensos desertos a tundras geladas, o ecossistema todo é interessante e faz com que o jogador sempre fique entusiasmado com o que virá a seguir.
Podemos customizar o visual do nosso personagem em vários aspectos diferentes como cabelo, olhos, expressões faciais, cor de pele, e por aí vai (possível também com os monstros, mas bem mais limitado). É possível criar personagens no mesmo nível de detalhamento encontrado no outros jogos da franquia, mas agora no estilo mais cartunizado.
Monster Hunter Stories 2, como dito anteriormente, é um jogo de turnos agora. O maior enfoque das batalhas é a maneira em que organizamos nosso personagem e os monstros que podemos utilizar, pois cada um contará com uma característica especial que é como o popular jogo de pedra, papel e tesoura, sendo eles organizados em ataques fortes, rápidos e táticos, respectivamente.
Vantagens são obtidas de várias maneiras durante os confrontos, então vai requerer bastante conhecimento de base (melhor ainda para quem já conhece a franquia principal) para saber com o que estamos lidando durante as lutas.
Além dos monstros que obtemos, nosso herói poderá carregar consigo até três tipos de armas diferentes, dentre elas: Espada-escudo, espadão, martelo, berrante de caça, arco-e-flecha e lançarma, cada um com uma jogabilidade diferenciada.
Os ataques, habilidades, irão colaborar para quebrar as partes dos monstros e derruba-los para causar um dano maior, e com isso, coletarmos as partes quebradas para confecção de equipamentos diversos cedidos em um rank após a conclusão do conflito.
Eu acredito que o jogo agradará principalmente quem já gosta de Monster Hunter, devido as peculiaridades da série que já estão na cabeça dos jogadores, mas mesmo assim, até os novatos nesse mundo estarão amparados pois tudo é explicado nos menores detalhes para entregar a melhor experiência.
Afinal de contas, a franquia é tudo sobre como nos envolvemos com as criaturas e o que podemos obter deles através de sua afinidade com seu “monstie” (A maneira que chamam os monstros companheiros no game).
A respeito da trilha sonora, eu diria que é no mínimo boa, alguns temas são bem legais mesmo enquanto outros acabam sendo repetitivos e até mesmo meio chatos, como o tema de batalha normal. As músicas de cidade, dungeon, chefes e outras localidades são bem competentes, eu particularmente gostei bastante. Apenas senti falta de algo a mais enquanto temas de batalha mesmo.
O game conta com diálogos falados em japonês e em inglês, sendo ambos bem bons! E para quem gosta de legendas em português, o jogo está totalmente disponível em nosso idioma, então não há desculpa para não compreender a estória do jogo desta vez! Apesar de que algumas traduções ficaram bem estranhas, coisas do tipo durante um ataque de monstro a seguinte linha aparece escrita ” Agora vai ficar bem louco! ” ou “Né, “miauzade”? Mas é engraçado, é carismático.
No geral, eu recomendo bastante qualquer jogo da franquia, mas esse em especial eu tive um carinho maior mesmo, algo me conectou de maneira mais forte. É uma jornada que dificilmente irei esquecer e com isso dito, acredito que todo mundo que possa ter a possibilidade de experimentar esse excelente título o faça, vale muito a pena!
Pros
Excelente jogabilidade.
Gameplay polido, bonito e muito Monster Hunter.
Personagens e enredo cativantes demais.
Centenas de monstros para “capturar”, muita exploração legitimamente divertida com eles.
Sistema de transferir skills de um monstro para o outro e heranças é bem legal.
Conteúdo post-game incrível.
Contras
Alguns temas de batalha ficam cansativos.
As vezes você depende muito de sorte para certos chefes.
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