Análises

Samurai Warriors 5

9.5
Conquiste o Japão nesse épico dos jogos Musou!

Samurai Warriors 5 é simplesmente a nata do gênero, não perca por nada.

Os jogos estilo “Musou” seguem firmes e fortes com o lançamento de Samurai Warriors 5, lançado pela Koei Tecmo para praticamente todos os consoles da atualidade e nos PCs. Essa análise foi baseada na versão PlayStation 4, porém rodando no PlayStation 5 através de sua retrocompatibilidade.

HISTÓRIA

Esse jogo serve como um reboot da série, contando novamente uma história que já foi abordada em jogos anteriores só que com pitadas de liberdade. O protagonista dessa bagunça toda é Nobunaga Oda, uma figura importante na história do Japão que ficou conhecido como o “Grande Tolo”, devido a suas peripécias nas guerras daquela época.

Nobunaga e Mitsuhide em uma arte animal.

O legal dessa ideia de dar um reboot na série é justamente para atrair novos fãs, pois através desse título poderão usufruir de toda a experiência por completo, claro que em contrapartida os veteranos talvez acabem achando repetitivo ver os mesmos acontecimentos, mesmo que com algumas mudanças.

Para a alegria da nação, as cenas de história do jogo são contadas através de animações super bem elaboradas, com coreografias dignas de um título AAA. Durante diálogos menos importantes o jogo adota um esquema mais simples, utilizando os gráficos do próprio jogo.

As cenas de corte tem essa qualidade.

A trama em si é muito boa e cheia de reviravoltas, para embarcar nessa aventura nós acessamos o Musou Mode que é onde se desenrola o enredo. Única ressalva que tenho para esse modo é que jogamos quase que o tempo todo com Nobunaga e quando precisamos controlar outro personagem como Mitsuhide ou Iyeasu, acaba ficando um pouco mais difícil pois eles normalmente estarão com vários níveis abaixo. Porém isso é facilmente remediável explorando outros modos de jogo que falarei mais pra frente.

GAMEPLAY

Não importe o personagem que você use, o jogo transborda diversão e emoção para todos os lados. Samurai Warriors 5 é simplesmente viciante e com certeza o melhor jogo do gênero que já joguei, superando até Hyrule Warriors: Age of Calamity e até mesmo o Samurai Warriors 4-II que foi o jogo que antecedeu esse.
Além dos ataques básicos Power e Hyper, agora podemos contar com um negócio chamado Ultimate Skill que é customizável pelo jogador.

Cenas como essa são frequentes.

Durante a parte de seleção de equipamentos e itens, podemos configurar quais Ultimate Skills iremos usar e dentre elas temos uma gama de opções bem variadas, indo de ataques especiais até skills passivas como Pride que aumenta sua força, isso tudo dando um aspecto mais RPG para o jogo.

Quando nós começamos a engatar um ataque com o outro em hordas de inimigos é quando o jogo finalmente “clica” pois dá a impressão de que somos deuses e aqueles exércitos são nada perante nós. Isso é um sentimento que gosto de transparecer quando falo desses jogos e que pouca gente entende, os “Musous” são evoluções naturais dos beat ‘em ups, trazendo maior profundidade e uma sensação de recompensa muito maior.

Golpes combinados? Sim!

Claro que o jogo não conta apenas com uma tropa de xerox esperando para você destruir eles, nada disso, os oficiais e chefes podem lhe dar bastante trabalho caso não esteja preparado e nesse momento as lutas se tornam verdadeiros duelos, portanto não subestime-os! Além de ficar atento a isso, precisamos constantemente olhar como o campo de batalha se encontra para que possamos realizar todos os objetivos pedidos ou mesmo ver se o exército inimigo não está destruindo nossas bases.

Falei um pouco do Musou Mode, mas Samurai Warriors 5 também conta um um modo chamado Citadel Mode que serve como um modo mais livre, com objetivos variados e um sistema de evolução diferente. Os diversos estágios vão liberando conforme você vai jogando e no final de cada um nós somos avaliados, dependendo da sua avaliação nós ganhamos itens diferentes, evidentemente que quanto melhor a nota melhor vai ser o prêmio.

Gostei bastante desse modo por conta da sua liberdade, você pode usar qualquer um dos 37 personagens disponíveis (tendo que liberá-los antes, claro) e com isso criar verdadeiros monstros. Vale lembrar que o jogo também possui um modo Online e de multi-player com tela dividida, modos que infelizmente não pude experimentar até agora por motivos de força maior.

PARTE TÉCNICA

Os artistas da série buscaram uma identidade mais cartunesca com esse jogo, não que os outros fossem muito realistas, mas aqui temos um uso de linhas mais expressivas em volta dos personagens. Eu pessoalmente achei essa escolha fantástica e praticamente todos os envolvidos ficaram lindos, cheios de detalhes.

Repare no capricho do visual dos personagens!

Lembro que quando vi o trailer de divulgação já havia curtido essa mudança, após jogar tantas horas dá pra dizer que gostaria que a série se mantivesse nesse estilo pra sempre. É muito legal quando desferimos o ataque mais poderoso de qualquer um dos heróis e uma arte específica é mostrada após a animação, são pequenos toques como esse que deixam a coisa ainda mais gostosa.

A variedade na jogabilidade vai depender totalmente do personagem escolhido.

Falando em gostosura, o jogo roda à 60 quadros lindos e deliciosos na versão de PlayStation 4, honestamente não sei como eu voltaria a jogar um Musou com metade dessa taxa de quadros, parece frescura, mas nesse jogo é algo que transforma a jogatina.

Em matéria de som nós contamos com uma dublagem em japonês, que casa perfeitamente com a proposta da série, afinal são todos japoneses… Nem preciso dizer que é excelente e todos os atores fizeram um bom trabalho. Infelizmente as músicas são meio genéricas, podiam ter investido mais nesse aspecto, apesar de que não deve ser fácil compor faixas que combinariam com batalhas que podem chegar a mais de 30 minutos de duração.

VEREDITO

Samurai Warriors 5 é o melhor Musou já feito até hoje, possui uma longevidade boa e traz uma maturidade para o gênero, mostrando que esses jogos podem ter variedade mesmo focando em uma única coisa, destruição em massa.

David Signorelli

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