EA Sports UFC 3 – Análise
Jogos são aquela maneira que temos de correr riscos de maneira controlada. Quem nunca assistiu uma luta de MMA no UFC e pensou: será que eu teria coragem de entrar no Octógono?
Sinta a emoção de pelo menos tentar
É nesse aspecto que EA Sports UFC 3 te instiga a tentar, mesmo que seja no conforto do seu sofá sem tantos socos e chutes no rosto.
Tentar jogar UFC 3 já tem seu mérito, já que não adianta sair apertando todos os botões ou puxando todas as alavancas. UFC 3 não é um jogo de luta, é um simulador que te convida a pensar como um lutador e mesmo tendo uma curva de aprendizado complicada, se esforçar para aprender traz suas recompensas.
Fotorrealismo e Hematomas
A primeira coisa que salta aos olhos é o visual que vai em busca do fotorrealismo. Mas muito mais que somente a fidelidade do rosto de centenas de atletas, é a maneira com que cada um deles se deforma durante os embates que chama atenção nesse departamento. Gotas de suor e sangue sujam o octógono após cada luta.
O Real Player Motion, uma tecnologia nova da EA, faz com que as transições entre as animações tenham melhor resposta com os comandos do jogador e pareçam mais naturais. As capturas feitas com os atletas foram todas retrabalhadas. Esqueça a infinidade de bugs estranhos do jogo anterior; aqui em cerca de 7h de jogo não tinha visto qualquer coisa que fugisse da proposta, que é ter uma animação fluida e concisa como um simulador.
Escolha como quer jogar e se esforce para melhorar!
Como é de se esperar, há um modo carreira que te coloca na trajetória de um lutador de UFC desde pequenos campeonatos até se tornar uma estrela. O jogo permite total customização do lutador, as opções para modelar rosto são bem extensas. Além disso as redes sociais e o comportamento do personagem podem ser customizados. Preocupações como escolher as lutas, treinar e divulgar seu nome nas redes sociais fazem parte da simulação de uma carreira que vai da base ao topo.
Mas nem tudo é complicado. O jogo tem alguns modos para uma experiência mais casual. O modo Nocaute foi feito para pessoas que querem simplificar o jogo, sem a burocracia de um simulador e traz uma experiência mais direta. O modo Trocação é um passo à frente para se acostumar com os aspecto de um simulador. Já o modo Submissão serve para quem gosta apenas de combate no solo a parte mais complicada do jogo.
E claro temos o modo UFC Ultimate Team, onde a EA mostra o seu talento para micro transações. Aqui você monta uma equipe de lutadores e compete em partidas online e offline por moedas que são trocadas em Boosters de Cards que podem conter novos lutadores, consumíveis e ataques especiais. Pode esperar que vai demorar bastante até você ter aquela carta da Ronda Rousey ou do Conor Mcgregor, mas nada que dinheiro real não possa acelerar.
Existe também uma interação com os eventos oficiais do UFC, onde você pode jogar as lutas programadas para serem transmitidas e caso você acerte os resultados dos combates você ganha pontos e cards para serem usados no modo UFC Ultimate Team.
Um Simulador eficiente!
Se você gosta de UFC tente jogar até apreender, o esforço vai valer a pena. Não é só apertar botões, é prestar atenção em cada possibilidade, é pensar em cada movimento já que tudo pode acabar em um golpe ou uma finalização devido a pressa ou a soberba de achar que vai ser fácil ganhar.
Mesmo que eu tenha achado a experiência cansativa e a curva de aprendizado complicada o jogo cumpre perfeitamente a sua proposta de trazer um visual realista e te mostrar através do jogo todas as percepções que um lutador de verdade precisa ter. Talvez não seja o que quero para me divertir mas talvez seja o que você fã de UFC queira para se sentir no octógono.
Pontos Positivos
- Visual aprimorado, animações bem trabalhadas
- Diversos modos de jogo, do simulador ao casual
Pontos Negativos
- Curva de aprendizagem bastante elevada. Não espere fazer muito nos primeiros momentos com o jogo
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