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25, jul 2018
Mega Man X Legacy Collection 1 e 2 – Análise
8.5
Coletânea definitiva
A coletânea do X1 ao X4 é obrigatória para fãs dos 16 e 32 bits, e novatos que queiram conhecer alguns dos melhores games de ação e plataforma de todos os tempos. X5 ao X8 são inferiores e mais indicados para os fãs da série.

Mega Man X Legacy Collection reúne todos os jogos da série Mega Man X em duas coletâneas que você pode comprar separadamente. Mega Man X Legacy Collection inclui do X1 ao X4 e Mega Man X Legacy Collection 2 inclui do X5 ao X8.

As duas coletâneas estão disponíveis em formato digital para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e Windows PC, e em um combo com ambas as coletâneas em formato físico no Brasil para PlayStation 4.

A série Mega Man X  foi lançada em 1993 no Super Nintendo e se aproveitou dos recursos extras do 16 bits da Nintendo para introduzir novos elementos à franquia, adicionando sidescrolling mais complexo aliados a uma jogabilidade de ação e plataforma mais completa com dashs e pulos contra paredes, além de melhorias de armadura encontradas pelos estágios. Mega Man X  continua sendo um dos melhores jogos de plataforma de todos os tempos e é com certeza o melhor game dessa coletânea, mas com X2, X3 e X4 a série segura bem o ritmo e mantém a qualidade absoluta, perdendo fôlego a partir do X5 e X6 e infelizmente caindo em qualidade com X7 e X8.

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A primeira coletânea emula perfeitamente os 3 primeiros jogos nas suas versões de Super Nintendo (diga adeus aos FMV da versão PS One e Saturn de Mega Man X3 🙁 ) e X4. No que Mega Man X se destaca como pioneiro, Mega Man X4 é a sequência mais interessante. Por ser o primeiro dos 32 bits, ele ainda é um jogo 2D baseado em pixels, mas seus personagens e planos de fundo trazem bem mais detalhes que os games do Super Nintendo. Este também é o primeiro jogo da série a permitir a escolha de personagens entre X e Zero. A Capcom usou a inclusão de Zero de forma inteligente, como se fosse um modo Hard, graças ao curto alcance dos ataques de seu sabre de energia. Zero também aprende diferentes movimentos especiais ao derrotar os chefes e até mesmo tem um enredo completamente diferente de X o que incentiva o jogador a zerar o game duas vezes.

Basicamente X1 ao X4 temos os quatro melhores jogos dos oito, mas depois deles a série seguiu tentando se reinventar em experiências que não deram tão certo e ficaram aquém dos 4 primeiros jogos. O que não significa que X5 e X6 sejam ruins, mas não deixam de ser inferiores.

 Mega Man X7 e X8 trocam os pixels por gráficos 3D e são cheio de seções poligonais pouco inspiradas, onde você só segue atirando num cenário 3D com inimigos sem as mecânicas de plataforma que são o grande diferencial da série. Por serem games 3D, eles também receberam um aumento na resolução o que deixou os gráficos bem mais nítidos do que as versões originais do PS2, mas mesmo assim os modelos de personagens não possuem tantos detalhes e nitidez quanto os jogos de pixel-art dos 32 bits.

Infelizmente esses dois jogos continuam sendo as ovelhas negras e possíveis responsáveis por não termos um novo jogo da série até hoje, mas ficamos na torcida para que as vendas dessa coletânea sejam um sucesso e possam mudar isso. Vale ressaltar que todos os games também rodam em suas melhores conversões até hoje, removendo todos os tempos de carregamento das versões originais.

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Além disso, como não poderia deixar de ser as coletâneas estão recheadas de extras e incluem um modo Museum com várias artes de produção, tocador de música com faixas clássicas e inéditas trazendo algumas das melhores músicas de jogos de todos os tempos, catálogo de produtos colecionáveis, trailers antigos e o curta de animação The Day of Σ, que serve como prólogo para os eventos de Mega Man X, e fazia parte do remake experimental Mega Man Maverick Hunter X, exclusivo do PSP até hoje e de fato parece uma oportunidade perdida em não ter sido incluso nessas coletâneas.

O trabalho de conversão ainda oferece opções visuais que incluem diferentes tamanhos de tela: um filtro de suavização não muito bom e que estranhamente vem ativado por padrão. Evite esse filtro pois ele embaça os pixels e tira muito dos detalhes da arte original. O melhor é um filtro que emula monitores CRT com scanlines falsas (ideal para os que jogam em telas modernas e gigantes) e há também uma opção sem filtros para os puristas que não ligam de ver os pixels estourando nos olhos.

Da parte de novidades no gameplay, as coletâneas ainda trazem o inédito modo X Challenge. Esse modo estilo boss rush, é o mais interessante dos extras pois que coloca um X com armadura completa todos upgrades contra dois chefes de uma só vez, com direito a três níveis de dificuldade e placares de líderes online. Além disso os chefes podem vir de qualquer um dos quatro jogos da coletânea, então você pode lutar contra chefes do Mega Man X e Mega Man X4, ao mesmo tempo.

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Para deixar os jogos originais mais acessíveis para jogadores iniciantes ou que estão retornando à série depois de muito tempo, o modo Rookie Hunter diminui a dificuldade de cada jogo e deixa o desafio mais suave, aumentando os danos que você causa nos inimigos e diminuindo os danos que recebe.

Basicamente, Mega Man X Legacy Collection tem em sua primeira coletânea uma compra obrigatória para todo jogador dos 16 e 32 bits, e novos jogadores que queiram conhecer alguns dos melhores games de ação e plataforma de todos os tempos. Já a segunda coletânea de Mega Man X Legacy Collection 2 é mais indicada para fãs da série e compleicionalistas, que queiram ter todos os títulos a disposição nas plataformas atuais.

Pontos Positivos

  • Finalmente a série X recebe uma coletânea para plataformas modernas
  • Reúne alguns dos melhores jogos de plataforma de todos os tempos
  • Novo modo X-Challenge permite enfrentar 2 chefes ao mesmo tempo e traz novidade e desafio
  • Uma das melhores trilhas sonoras dos videogames

Pontos Negativos

  • Opções de apenas 3 tipos de filtros gráficos
  • Mega Man Maverick Hunter X ficou de fora do pacote
  • A segunda coletânea é inferior a primeira e X7 e X8 envelheceram mal
Átila Graef

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