Análises

Onimusha: Warlords Remastered – Análise

8
Resident Evil com Samurais
A remasterização atualiza os gráficos e controles e traz uma aventura com ótimo ritmo e desafio na medida certa, resgatando uma das séries mais importantes da Capcom para as gerações modernas a um preço acessível e justo. Recomendado!

Onimusha: Warlords fez parte da primeira leva de jogos da Capcom para o PlayStation 2. Lançado em 25 de Janeiro de 2001, o game chamava a atenção por colocar o jogador no controle de um samurai numa ambientação do Japão feudal com câmeras fixas ao melhor estilo Resident Evil. 18 anos depois, temos aqui a remasterização para Xbox One, PS4, Nintendo Switch e PC na Steam.

Com desenvolvimento iniciado no primeiro PlayStation por volta de 1997, seguindo o estilo de controles tanque de Resident Evil com câmera fixa e cenários pré-renderizados, mas adicionando agilidade aos comandos, Onimusha inaugurou um novo gênero de jogos no estilo Hack’n Slash, trazendo elementos que mais tarde seriam aprimorados nos novos capítulos da série e também desmembrariam-se na nova franquia da empresa: Devil May Cry. A série fez muito sucesso sendo o primeiro jogo de PlayStation 2 a alcançar a marca de 1 milhão de cópias vendidas garantindo mais três sequências no console da Sony e também uma conversão com melhorias para o Xbox original em 2002.

Onimusha: Warlords conta a história do samurai Samanosuke Akechi e da ninja Kaede na busca para salvar a Princesa Yuki de uma legião de misteriosos demônios que invadiram o Castelo de Inabayama. Na jornada pelo castelo, os dois descobrem uma trama maligna por parte dos servos do temível Oda Nobunaga, um senhor feudal ressuscitado por demônios. Com a nova tecnologia do PlayStation 2, pessoas reais foram usadas como modelos para os personagens da série. No primeiro jogo Samanosuke é modelado a partir do ator Takeshi Kaneshiro, que também faz as vozes do personagem.

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O port oferece uma remasterização com melhorias nos gráficos que agora estão em alta definição, opção de tela em widescreen 16:9 (o original era limitado em 4:3), suporte a controle analógico melhorando muito a experiência dos controles sobre o original, um novo modo de dificuldade Fácil acessível desde o início do jogo e também uma nova trilha sonora.

O jogador começa o jogo com uma espada katana, mas ao longo da aventura encontrara três espadas elementais: Raizan, Enryuu e Shippuu além de armas de longo alcance com munição  limitada. Ao derrotar os inimigos eles liberam almas de diferentes cores que são absorvidas usando a Oni Gauntlet no pulso de Samanosuke. Almas vermelhas servem para fazer upgrade em suas armas, almas amarelas recuperam vitalidade e as almas azuis recuperam a barra de magia usada para executar os ataques elementais de cada arma.

Na maior parte do tempo você controlará Samanosuke alternando em alguns momentos com a ninja Kaede, que possui suas próprias armas e habilidades acrobáticas, mas é incapaz de absorver almas. O game equilibra cenas de batalha contra os demônios de Nobunaga, intercalando a ação com quebra-cabeças que envolvem a interação com os ambientes e a obtenção de itens para progredir. O ritmo de jogo é acelerado, mas o combate é bem simples de entender e em pouco tempo você vai estar emendando combos e finalizações com maestria. Apesar da simplicidade geral do game, esse acaba sendo o grande acerto de Onimusha. É um jogo muito fácil de pegar e sair jogando e muito divertido por isso.

Talvez a parte que mais fique devendo são os visuais remasterizados em HD que acabam limpando demais os gráficos da era PS2 e mostrando a limitação dos modelos originais que destoam dos cenários em alguns momentos. Mas é perfeitamente compreensível visto que estamos falando de um game com quase 2 décadas de vida e assim que a ação começa os gráficos antigos são facilmente esquecidos e acabam cumprindo relativamente bem seu papel.

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Onimusha: Warlords traz aproximadamente 9 horas de uma divertida aventura com ótimo ritmo e desafio na medida certa. A remasterização atualiza os gráficos e controles, resgatando uma das séries mais importantes da Capcom para as gerações modernas a um preço acessível e justo. Se você jogou o original, essa é uma boa desculpa para relembrar uma época mais simples dos jogos mas o game é recomendado para todos os fãs de um bom hack n’slash e também para aqueles que gostariam de conhecer mais um capítulo importante da história dos videogames.

Pontos Positivos

  • A jogabilidade atualizada ficou ótima
  • Desafio na medida

Pontos Negativos

  • Poderiam ter incluído as melhorias de Genma Onimusha do Xbox original
Átila Graef

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