Análises

Prinny Presents: NIS Classics Volume 3

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Dois RPGs clássicos da era de ouro de RPG agora no nosso console híbrido.

Eu adorei todas as coletâneas anteriores e acho essa também mais uma excelente entrada para nossa coleçãozinha no Switch. Eu curto muito a estética dos jogos da NIS e acho que sempre vou gostar. Espero ver em breve outros volumes também!

Prinny Presents: NIS Classics Volume 3 é a mais nova coletânea de RPGs clássicos para o Nintendo Switch. Desta vez vamos experimentar Rhapasody: A Musical Adventure e La Pucelle: Ragnarok, originalmente lançados para PlayStation 1 e 2 respectivamente.

Ambos os jogos foram bem importantes para que a série mais famosa da desenvolvedora, Disgaea, fosse criada, já que muitos elementos estão presentes em ambos os títulos como no que se diz respeito a games de RPG estratégia.

Bola de fogo versus Planta Louca

Como de costume, ambos os jogos agora estão com resoluções maiores e com um corte considerável no tempo de carregamento num geral, além de haver também (se não me falha a memória) versões das músicas cantadas em japonês e inglês, algo que eu não lembro se estava presente no lançamento original de Rhapsody.

O que tá acontecendo?

Contudo, alguns filtros gráficos poderão ser aplicados para deixar o visual mais agradável. Eu particularmente jogo com os scanlines pelo tratamento legal com os sprites e clareza nos textos. Infelizmente não temos muitos Tweeks para serem usados no La Pucelle, pois acredito que ele já tenha sido otimizado quando foi lançado para o PlayStation 2 na época, porém é um tanto lamentável já que trata-se de um port para um console moderno.

Acho melhor ela olhar para trás…

Mas vamos falar um pouco sobre os jogos em si, começando com Rhapsody.
Rhapsody é seu RPG classicão da era 32 bit, com gráficos bem bonitinhos, enredo e personagens que são também um carisma puro. É um jogo que pode ser zerado em menos de 15 horas (se você realmente levar todo esse tempo pra acabar), então eu considero um RPG confortável, simples, tudo de bom.
Nele você explora cidades, dungeons, fazer sidequests, dar umas boas risadas e basicamente descer o pau em um monte de gatos.

Você assume o papel de Cornet, uma garota apaixonada que sonha com seu príncipe encantado diariamente e que, além de seus delírios adolescentes, tem o dom de se comunicar com seres inanimados, ou puppets como chamam, algo que se traduz como bonecos, fantoches, essa vibe, através do toque de sua música.

O bicho vai pegar.

Acompanhada de sua fiel amiga, Kururu, ela embarca em uma aventura em busca de uma maneira de reverter os efeitos de um feitiço lançado contra seu príncipe, mas muita coisa rola por essas águas que passam, fazendo com que o desenvolvimento do caráter de Cornet seja elevado tão bem como a revelação dos backgrounds dos personagens secundários que são bem da hora também.

Menu simples e funcional.

O combate do jogo é por encontros aleatórios e turnos, a diferença é que cada batalha é tratada como uma fase de RPG tático mesmo, movimentação em “grids”, posicionamento dos personagens, uso de item, magias e etc. Mas o que facilita bastante durante as explorações são os possíveis auto-battles, que executam ataques simples e fazem todo o trampo de se mover até os inimigos, especialmente legal para quem está pegando um pouco de nível nas dungeons.

Nesse jogo, assim como La Pucelle: Ragnarok, é possível recrutar monstros para sua party, diversificando bastante nosso “arsenal” antes das batalhas.

La Pucelle: Ragnarok, por outro lado, lembra bem mais um Disgaea em muitos sentidos. Algumas mecânicas são bem estranhas mas você se acostuma logo logo. Nesse jogo, nossos heróis fazem parte de uma linha de caçadores de demônios chamada La Pucelle, encarregados de trazer a paz para a região onde habitamos. O objetivo principal da nossa heroína Prier é se tornar a sucessora da Holy Maiden, algo equiparável a uma deusa que destruiu as forças das trevas no passado.

Vários lugares para visitar.

Parecido com Disgaea, os capítulos são divididos por estágios, cenários de batalha onde enfrentaremos todo tipo de obstáculo. Esses cenários por sua vez contém diversos segredos que podem levar a um final diferente para cada episódio, o que culminará num true ending para o jogo, então é interessante se atentar nos detalhes e manter sempre um save de backup caso você sinta que fez alguma coisa errada e não se frustrar.

O sistema de batalha é bem sólido. Um pouco confuso como falei no início, mas que depois que se entende direitinho o negócio de purificação e recrutamento dos monstros, tudo fica bem mais legal e fluído. O jogo também conta com diversas aparições de personagens de outros jogos, inclusive a Cornet do outro jogo que acompanha a coletânea, é bem maneiro! Os conteúdos extras são brutalmente difíceis mas nada comparado com o grindingfest que é Disgaea, então até para quem não é tão hardcore assim, poderá tentar adentrar essas dungeons mais cabeludas.

VEREDITO

Eu adorei todas as coletâneas anteriores e acho essa também mais uma excelente entrada para nossa coleçãozinha no Switch. Eu curto muito a estética dos jogos da NIS e acho que sempre vou gostar. Espero ver em breve outros volumes também!

David Signorelli