The Evil Within 2 – Análise
The Evil Within 2 foi desenvolvido pela Tango Gameworks e publicado pela Bethesda Softworks para PS4, Xbox One e PC na Steam. O game dá continuidade a história de Sebastian Castellanos e marca o retorno de Shinji Mikami como produtor, cargo em que realizou suas melhores obras.
Continuação à insanidade
The Evil Within 2 é tão ou mais louco e bizarro que o primeiro game e isso pode soar ruim para quem não gostou dessa abordagem, mas se uma coisa eles conseguiram fazer muito bem nessa sequência foi explicar toda a demência que rola no primeiro jogo. Basicamente ninguém se interessou pelos DLCs que eram altamente importantes para o enredo e acontecimentos e acredito que essa foi a maior falha de Mikami no antecessor.
The Evil Within 2 começa com Castellanos alucinando com a morte de sua filha na mesa de um boteco. Quando ele acorda do pesadelo é abordado pela sua ex-parceira de polícia Juli Kidman que oferece a ele a oportunidade de salvar sua filha. O jogo em nenhum momento tem a pretensão de contar uma história sofisticada e coerente, Shinji Mikami é fã de Robert Rodriguez e sua influência trash e gore é bem evidente nos dois games da série.
Union
O game inteiro se passa em uma cidade fictícia chamada Union e para o agrado dos fãs de Silent Hill ela oferece uma forma de exploração bem similar ao 2º título da série da Konami. Os capítulos variam de bem lineares até alguns bem open world, que farão você perder boas horas explorando. Esse capítulos também variam na qualidade com alguns que são excelentes com situações de causar infarto e outros broxantes e sem graça.
A progressão meio “RPG” do personagem (que a existência não se justifica muito no game), continua presente e de um forma menos bizarra. Você senta na cadeira e injeta a gosma verde no cérebro para melhorar atributos como HP, stamina e até combate e Stealth, basicamente a mesma coisa do primeiro game. O espelho agora é um ambiente menos hostil que no primeiro jogo e é um lugar que você pode fazer upgrade nas suas armas e até criar munições e itens de cura, usando sistemas simples e bem efetivos.
Não vou mentir que gostei mais dos inimigos e chefes do primeiro jogo, mas nesse game eles não fazem feio principalmente no conceito do primeiro vilão que é um dos melhores que já vi num game do gênero. Os inimigos no jogo chegam a se tornar meio repetitivo mais perto do final, mas nem perto de cansar o jogador.
Eu joguei o game no PC, numa GeForce GTX 1070 e embora a parte técnica do game não esteja nem perto de aceitável. A versão mais estável do game nesse aspecto é a do PS4, mas em todas as plataformas o game é muito bonito, principalmente em cenários mais fechados.
A parte auditiva é simplesmente espetacular. Seja a trilha sonora ou os efeitos criados para os ambientes e inimigos. .
Quem sabe não vem um 3?
The Evil Within 2 é um jogo bem melhor que o primeiro, principalmente porque todas mecânicas e o gameplay em si é bem melhor. O novo diretor fez muito bem ao game e embora não seja isento de falhas, foi um game que me agradou bastante mesmo tendo jogado Resident Evil 7 no começo desse ano.
Outra coisa bem importante para alguns é que o enredo não deixa dúvidas na cabeça do jogador, e não vai obrigar ninguém a jogar DLCs para entender o que realmente está acontecendo. Jogando no normal foram longas 22 horas até ver o final e nesse tempo também coletei praticamente tudo que havia disponível no jogo.
Para quem gosta da experiência de um bom Survival-Horror oldschool com boa ambientação, dificuldade, tensão este é o seu jogo. Se você queria mecânicas novas, enredo de alto nível e liga muito para os enigmas e puzzles, The Evil Within 2 não será uma experiência de jogo tão agradável.
O Bom
- Ambientação e tensão muito boas
- Exploração mais aberta na pegada Silent Hill 2
- Audiovisual excelente
- Excelentes bosses, inimigos e vilões
- Level design com cenários variados, muito gore e ideias bem interessantes
O ruim
- Stealth poderia ser melhor realizado
- Puzzles bem fracos e sem graça
- Progressão problemática em alguns momentos
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