The King of Fighters: Allstar – Análise
Recebi esse jogo para análise (sim, o primeiro jogo pra celular que recebo com antecedência para avaliação) e torci o nariz no início esperando o pior, como é o destino da maioria dos jogos de consoles que acabam migrando para celulares.
Existe sempre o receio desses jogos “grátis” deixarem você avançar até certo ponto, depois se tornarem impossíveis de continuar de forma natural (Como acontece em Cavaleiros do Zodíaco Awakening por exemplo) e você ou para de jogar, ou contínua se investir um dinheiro (ou ter uma paciência absurda, o que não é o meu caso), nesse caso em específico eu larguei o jogo, apesar de ser excelente para os padrões de celular.
Mas felizmente não é o caso deste jogo em específico, já que você pode continuar jogando por horas a fio sem se preocupar muito nem com o AP (que seria o que se gasta jogando), nem com qualquer moeda do jogo, pelo menos no início já que logicamente a dificuldade em obter certos itens que servem como moeda no jogo vai ficando maior a medida que se joga, mas nem isso atrapalha a jogatina.
Não vou focar em história (sim ela existe, e não é ruim) e sim nas mecânicas do jogo, e o que você pode fazer nele para aproveitar o máximo que puder logo do início.
Desenvolvido pela Netmarble (Netmarble Corp. South Korea, Netmarble Neo Inc. Indonésia) e licenciado pela SNK Corporation, The King of Fighters ALLSTAR, traz toda nostalgia do famoso jogo da SNK para as telinhas do celular num Beat ‘n Up (briga de rua) bastante competente com muitos modos de jogo (que vão se abrindo ao decorrer da jogatina) e promete centenas de personagens para se jogar. Nessa versão de avaliação fornecida, estão presentes os personagens das versões 94 a 99, mas a Netmarble já anunciou que o jogo vai ter todos os personagens da série, até o novo Kof XIV. O jogo com certeza surpreenderá até aqueles que torcem o nariz para jogos mobile.
Graficamente excelente, a arte resgata os tempos áureos da série, com personagens carismáticos, em versões diferentes (exemplo, Robert Garcia 94, Robert Garcia 97 etc) com árvore de skills, evoluções e mais um montão de opções para você balancear seu personagem que vai com certeza lhe prender algumas horas por dia no celular.
A versão que testamos tem os textos em português com alguns trechos ainda não localizados, mas deve ser algo que vão arrumar em breve. O jogo, além do modo história (nesta versão disponível da versão 94 até a 98, apesar de ter personagens da 99, ele não estava presente no modo história na avaliação) tem uma ampla variedade de modos de jogo onde você pode conseguir moedas, itens para evolução, itens para aprimorar a arvore de skills, itens para ficar mais forte (level up) e vários etc, não vou nem citar todos pra não estragar a diversão de descobrir os modos de jogo, eventos e tudo mais porque é muito bacana.
Os controles são simples e soltos e fazer os combos e usar especiais é bem fácil e convidativo. Um dos pontos fracos pra mim é que infelizmente ainda não há suporte nativo a joysticks bluetooth. Nada que não se resolva com um mapeador de tela, mas não custava, ou então jogar em emuladores tipo Bluestacks. Com comandos de andar e de golpes comuns, a especiais (sim os famosos DM e SDM estão em toda sua glória para você arrebentar desde operários e capangas do Geese Howard, até aleatórios que aparecerem na sua frente) mas para poder usar os especiais você precisa desenvolver sua árvore de skills e para isso, você precisa de itens, mas basta participar dos eventos e modos de jogo específicos para isso, a chamada Masmorra. Tem masmorra pra quase tudo no jogo (menos Rubis, a moeda principal do jogo, quer moleza senta no pudim) Rubis você pode ganhar como recompensa no jogo, e apesar do jogo ter dar rubis constantemente, seja no modo história ou como recompensa fazendo certas tarefas ou participando de eventos, eu aconselharia prudência ao gastar sem pensar e vou explicar o porque logo abaixo.
Existe um sistema de elementos presente no jogo, são 5 ao todo, eles são separados por cores, são elas Roxo, Vermelho, Amarelo, Verde e Azul, cada cor tem uma fraqueza para outra, não necessariamente na ordem que escrevi, mas dentro do jogo há um indicador gráfico dessa evolução em sentido horário, tanto na tela do jogo como em outros momentos, escolher bem o elemento dos seus personagens pode ser decisivo para a vitória.
Todos esses elementos podem ser coletados em eventos ou tarefas passadas pelo jogo e podem ser comprados com Rubis, o que em última opção pode ser necessário, então é bom ter cautela com o gasto de Rubis no jogo, invocando personagens, porque muitas vezes pode ser mais útil que você use os Rubis para evoluir pelo menos um lutador de cada elemento (isso é importante, você vai descobrir com o andar do jogo que o ideal é evoluir ao menos 3 personagens de cada elemento para não passar por sufoco no decorrer do modo história e outros).
Alguns modos os inimigos não tem elementos, permitindo que você use o personagem que quiser para jogar o modo, mas a grande maioria dos modos, como o história o jogo vai indicar que aquele capítulo ou sequência tem um tipo de elemento, praticamente obrigando que você use personagens de outro elemento mais forte (o jogo também indica qual o melhor para o elemento específico da CPU, com indicadores de força (setinhas pra cima ou para baixo, em cores diferentes) e o diagrama de elementos na tela para uma visualização mais conveniente, via de regra todo um capítulo, existe um único elemento, com exceção de alguns episódios, dentro dos capítulos que mudam de elemento, sendo cada um de um tipo, mas não é comum.
O jogo é um pouco exigente em configurações, Eu joguei em um Asus Zenfone 5 Selfie Pro (Snapdragon 6xx, Adreno 5xx, 4gb RAM), sem maiores problemas, um pouco abaixo do nível máximo das configurações gráficas apenas e o jogo rodou fluentemente, só não deu pra fazer gravações com o Game Genie sem engasgos. (as imagens e vídeos dessa análise foram feitas em um PC com Bluestacks.) Eu recomendaria um celular com Snapdragon série 8, Adreno série 6 ou superior, e 4gb de RAM, para uma experiência totalmente agradável, porém pode ser jogado em qualquer aparelho com 2gb de RAM (que são as configurações minímas da desenvolvedora, que não informa o chipset mínimo, porém sacrificando um pouco os gráficos para ganho de performance)
THE KING OF FIGHTERS ALLSTAR está disponível para download na Google Play e na App store em mais de 175 países, e oferece atendimento em inglês, mandarim, indonésio, tailandês, espanhol, italiano, francês, português, russo e alemão. É um excelente jogo (para os padrões de jogos mobile) que traz uma série já consagrada, em uma formula diferente e que seria muito bem vinda em consoles de mesa, futuramente quem sabe.
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- Gráficos e arte muito bem feitas, praticamente uma releitura das artes originais da franquia.
- Sistema de evolução.
- Personagens de todos os jogos da série (promessa do desenvolvedor, até então só tem os personagens da 94 a 99 (que são só 5 na 99) – e alguns novos, não joguei a versão japonesa pra conferir se isso já existe lá.
- Músicas e arranjos na medida, efeitos especiais e todas as vozes estão lá igual os jogos originais.
- Sistema de batalha fabuloso que permite que você faça combos que sempre quis fazer no jogo mas não conseguia (sim você pode dar um especial depois de um DM ou SDM e vice-versa, não existe limite de linker).
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- Não há suporte nativo a controle (joystick), obrigando a usar um mapeador de tela.
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