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15 jogos da Nintendo não lançados nas Américas

O Japão tem um mercado de jogos muito particular e muitas vezes isso faz com que alguns títulos fiquem restritos aos gamers da ilha.

Abaixo e no vídeo você confere alguns jogos da Nintendo que ficaram restritos ao mercado japonês e que nunca chegaram ao território americano (alguns tiveram versões europeias no entanto). Focamos em jogos que não dependiam de acessórios específicos como o Nintendo 64 DD e que também que não tiveram nenhuma versão americana deixando de lado alguns exemplos como Sin & Punishment que não saiu originalmente no Nintendo 64 nos EUA, mas teve uma versão americana lançada para o Virtual Console no Wii. E se você souber de algum outro que não está na lista, não deixe de comentar. Sem mais, vamos aos jogos:

Custom Robo

Customrobo

Um jogo de batalha de robôs customizáveis, desenvolvido pela NOISE e publicado pela Nintendo em 1999. A série abrange atualmente cinco jogos, e tem títulos no Nintendo 64, Nintendo Game Boy Advance, Nintendo GameCube e Nintendo DS. Custom Robo  tem um estilo semelhante a jogos como Robotrek ou Front Mission, mas com batalhas frenéticas de ação em arenas 3D, semelhantes a Virtual On da Sega.

Porque não saiu do Japão?

Quase saiu. De acordo com listas de próximos lançamentos em diversas edições da Nintendo Power, a Nintendo of America foi planejando lançar Custom Robo GX , o terceiro título da série, mas depois cancelou o lançamento por razões desconhecidas e decidiu lançar Custom Robo: Battle Revolution, o quarto título da série, que se tornou o primeiro a ver um lançamento internacional, em 2004. Mas o título original, ficou restrito apenas ao mercado japonês.

Mario & Wario

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Mario & Wario é um puzzle side-scrolling de 1993 projetado pelo criador de Pokémon, Satoshi Tajiri e desenvolvido pela Game Freak para o Super Famicom. O jogo foi lançado apenas no Japão em 27 de agosto de 1993, e necessita do mouse do SNES para jogar.

A jogabilidade de Mario & Wario consiste em orientar Mario, que tem vários objetos colocados no topo de sua cabeça por seu inimigo Wario, por meio de uma série de níveis que consistem em vários obstáculos e armadilhas. O jogador controla a fada Wanda, que serve como o cursor do mouse que vai guiar Mario e mudar o ambiente em torno dele ativando plataformas e objetos. O jogo tem um total de 100 níveis diferentes e oferece três personagens jogáveis​​: Mario, Princesa Peach e Yoshi.

Porque não saiu do Japão?

Mais um título que não teve motivos para não sair fora do Japão visto que o mouse do SNES já era um acessório bastante conhecido pelos jogadores americanos graças ao sucesso de Mario Paint. Além disso, fica ainda mais difícil entender o motivo do jogo ficar restrito ao Japão, porque a versão japonesa já estava inteiramente em inglês. Uma mancada da Nintendo of America.

Joy Mech Fight

Joymechfight_boxartUm jogo de luta para o Family Computer, lançado apenas no Japão em 21 de maio de 1993. O jogo foi lançado durante a mudança de geração entre o Famicom e o Super Famicom e Joy Mech Fight foi um dos últimos títulos do conhecido Nintendinho. Também foi a primeira tentativa da Nintendo no gênero de jogos de luta após o sucesso de Street Fighter II da Capcom.

Porque não saiu do Japão?

Principalmente porque era um jogo de NES no momento em que o SNES já havia sido lançado há 2 anos, e era um jogo de luta de 8 bits quando Street Fighter II e Mortal Kombat já estavam no console de 16 bits da empresa.

 

 

 

Captain Rainbow

CaptainRainbowDesenvolvido pela Skip Ltd. e publicado pela Nintendo para o Wii, Captain Rainbow é um action-adventure lançado no Japão em 28 de Agosto de 2008. O jogo coloca os jogadores no papel de Nick, um cara comum, cujo alter ego “Captain Rainbow”, é um super-herói de TV em decadência. Buscando recuperar sua popularidade, Nick viaja para Mimin Island, um lugar onde os sonhos aparentemente se tornam realidade. O jogo envolve fazer amizade com os outros moradores da ilha (que são todos personagens da Nintendo), através de mini-games.

Porque não saiu do Japão?

O jogo chegou a ser considerado para obter um lançamento europeu, mas devido a baixas vendas foi cancelado. De acordo com a Media Create, o jogo vendeu apenas 22.682 cópias no Japão em 2008, um número que não justificaria um relançamento fora do Japão.

Fatal Frame IV: Mask of the Lunar Eclipse

Fatal_Frame_IVDesenvolvido pela Grasshopper Manufacture (o estúdio de Suda 51) e publicado pela Nintendo para o Wii o quarto capítulo da série de Survival Horror Fatal Frame foi lançado em 31 de Julho de 2008 no Japão.

O jogo conta a história de três mulheres que foram sequestradas pelo mesmo serial killer quando eram mais jovens, mas não têm recordações do ocorrido. Dez anos depois, elas voltam juntas para a ilha para procurar pistas que possam trazer a tona as lembranças.

Porque não saiu do Japão?

O presidente da Nintendo of America na época, Reggie Fils-Aime comentou a respeito do jogo dizendo “nós não temos direitos para publicar esse título nas Américas”, enquanto a Tecmo confirma que a Nintendo of America tinha de fato o direito a publicar o título mundialmente, mas ao mesmo tempo em nota “respeita a decisão final de não lançar o jogo, feita pela Nintendo of America.” Em outras palavras, se nem a Nintendo sabia exatamente o que podia fazer com o jogo, não podíamos alimentar muitas esperanças num lançamento americano.

 Zangeki No Reginleiv

Zangeki no ReginleivOriginalmente chamado de Dynamic Slash, é um jogo de ação para Wii desenvolvido pela Sandlot e publicado pela Nintendo, em 11 de Fevereiro de 2010, e é exclusivo do mercado japonês até hoje. Com sua boxart de capa preta, é o terceiro jogo a quebrar a tradição das capas brancas de Wii (os dois primeiros foram New Super Mario Bros Wii e Metroid Prime Trilogy).

Um hack’n’slash ao melhor estilo “Musou” da série Dynasty Warriors. O jogo suporta quatro jogadores em modo cooperativo online via Nintendo Wi-Fi. Os jogadores podem controlar o personagem na tela através do Wii Motion Plus em combinação com o Nunchuk ou o Classic Controller. Também inclui personalização de armas e mais de 300 armas a disposição. O jogador tem a possibilidade de mirar a cabeça ou membros de um inimigo e decepá-los completamente com efeitos de sangue.

Porque não saiu do Japão?

Existem boatos de que o jogo foi considerado muito violento pela Nintendo of America, mas não existe um motivo oficial.

Uma pena pois todos os reviews citam que é um daqueles raros jogos que utilizam o potencial do Wii Motion Plus.

 Earth Seeker

Earth_SeekerUm RPG publicado pela Enterbrain e desenvolvido pela Crafts & Meister para o Wii. Foi lançado no Japão em 23 de Junho de 2011.

Earth Seeker mostra um mundo pós-apocalíptico, no qual últimos remanescentes da humanidade se reúnem em uma nave espacial e aterrissam em um planeta misterioso. A máquina que controla o clima dos planetas a bordo da nave apresenta falhas, causando problemas para os humanos e para os habitantes nativos do planeta.

Porque não saiu do Japão?
A XSeed Games manifestou interesse em traduzir e distribuir o título na América do Norte, mas visto que o título continua exclusivo do mercado japonês, podemos concluir que as negociações não avançaram.

 

 

Marvelous

Marvelous_boxLançado em Outubro de 1996 no Japão Marvelous é um RPG exclusivo do Super Famicom e foi o primeiro título concebido por Eiji Aonuma produtor conhecido por seu trabalho na série Legend of Zelda, especialmente Ocarina of Time.

O jogo foi influenciado por The Legend of Zelda: A Link to the Past, onde o jogador assume o controle de um grupo de três crianças que estão à procura de um tesouro pirata escondido e guardado por inúmeros quebra-cabeças e armadilhas. Eiji Aonuma diz que Marvelous foi o que levou Shigeru Miyamoto a promovê-lo ao diretor de Legend Of Zelda: Ocarina Of Time.

Porque não saiu do Japão?

Provavelmente porque foi lançado muito tarde no ciclo de vida do SNES. O jogo foi relançado no Virtual Console do Wii U japonês em 12 de Fevereiro de 2014, mas não existem previsões para uma versão americana até hoje.

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Magical Vacation

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Um RPG desenvolvido pela Brownie Brown e publicado pela Nintendo para o Game Boy Advance no Japão em 7 de Dezembro de 2001, e mais tarde relançado na mesma região em 2006. Um RPG de aventura padrão, onde o jogador luta contra inimigos em um sistema de batalha baseado em turnos. Há 16 elementos diferentes no jogo, onde um é mais forte do que um específico e mais fraco contra outro.

O jogo tinha um sistema cooperativo através do cabo System Link do Gameboy Advance.

Porque não saiu do Japão?
Desenvolvedora desconhecida e falta de interesse no título talvez? Uma sequência foi produzida para o Nintendo DS em 2006 e foi lançada na América do Norte e na Europa com o nome de Magical Starsign.

Giftopia

GiFTPiA_CoverartDesenvolvido pela Skip Ltd., uma empresa fundada por alguns ex-funcionários da Square, Giftopia é um jogo de aventura sem combate considerado uma espécie de Animal Crossing com objetivos. Você joga como Pockle, um preguiçoso que conseguiu dormir demais no dia da sua cerimônia de idade, um evento realizado para declarar um cidadão da ilha oficialmente um adulto. Agora ele deve levantar os fundos para outra cerimônia, fazendo tarefas aleatórias para os outros.

Porque não saiu do Japão?

A explicação oficial é que ele foi considerado “muito estranho” para o público ocidental.

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Devil World

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O primeiro trabalho conjunto entre Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka (que trabalharam juntos na série Super Mario e Legend Of Zelda), Devil World é um jogo de labirinto estilo Pac-Man. A diferença está que o seu inimigo desloca a tela de maneira aleatória tentando pegá-lo contra as laterais. Seu objetivo é coletar cruzes e bíblias, a fim de derrotar o Diabo.

Porque não saiu do Japão?

Os EUA de 1980 eram um lugar que acusava jogos de RPG como Dungeons & Dragons de ter ligações com o ocultismo e um jogo que convidava você a entrar no “Devil World” usando cruzes e bíblias para combater o demônio, provavelmente iria trazer atenção indesejada a Nintendo que ainda era uma empresa nova nos EUA e estava tentando se estabelecer como uma marca familiar. Mesmo assim, Devil World recebeu uma versão na Europa em inglês.

Mother 3

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Desenvolvido pela Nintendo, Brownie Brown e HAL Laboratory e publicado para o portátil Game Boy Advance, o jogo só foi lançado no Japão, embora tenha um grupo de seguidores ao redor do mundo.

Mother 3 teve um ciclo de desenvolvimento muito longo. Começou a ser desenvolvido em 1994 como um título do Super Famicom, passou seu desenvolvimento para o 64DD, em seguida, para o Nintendo 64, e finalmente para o Game Boy Advance.

Mother 3 é definido em “Nowhere Islands”, uma série de ilhas pouco habitadas do planeta. O jogo alterna perspectivas entre os personagens principais, que são todas as pessoas que vivem nas ilhas. A história centra-se nos gêmeos Lucas e Noel, sua família, e os amigos que eles juntam para lutar contra o Exército Pigmask misterioso. A história do jogo é uma tragédia: os seus principais temas envolvem lidar com a perda de membros da família e os perigos do consumismo. O jogo também tem muitos elementos cômicos, como a paródia de outros games.

Porque não saiu do Japão?

Provavelmente devido ao timing do lançamento, no final da vida do Game Boy Advance. É considerado um dos melhores RPGs japoneses até hoje e felizmente recebeu uma tradução feita por fãs em 2008. Satoru Iwata, presidente mundial da Nintendo, comentou em uma entrevista que um lançamento ocidental não estaria descartado após conversas com Shigesato Itoi, o criador do jogo.

Disaster: Day of Crisis

disasterDesenvolvido pela Monolith Soft e publicado pela Nintendo, Disaster: Day of Crisis é um jogo de sobrevivência de ação e aventura, onde o jogador deve sobreviver através de vários desastres naturais, ao mesmo tempo, também lutando contra os terroristas e resgatando civis. Mostrado como um dos títulos iniciais do Wii, o jogo foi lançado em 25 de Setembro de 2008 no Japão.

Disaster trás o protagonista em uma visão em terceira pessoa, com o jogador alternando entre puzzles, e momentos de ação. Disaster também apresenta segmentos de shooter que usam a função de ponteiro do Wiimote para atingir os inimigos e também minigames em QTE (Quick Time Events) para o Remote e Nunchuk.

Porque não saiu do Japão?

Disaster chegou a ser lançado na Europa, mas nunca chegou aos EUA devido as críticas e baixas vendas das versões japonesas e europeias.

Terranigma

TerranigmaBox

Lançado em 1995, este Action-RPG da antiga Enix é uma mistura de ActRaiser, Legend of Zelda e Secret of Mana e levou o SNES ao seu limite com um cartucho de 32 megabits. Terranigma conta a história da ressurreição da Terra através da história do personagem principal, Ark, e progride da evolução da vida até os dias atuais.

Terranigma tem uma perspectiva de visão parecida com Secret of Mana ou Legend of Zelda e utiliza um sistema de batalha também similar ao desses jogos, permitindo a livre movimentação pelo cenário, bem como correr, pular, atacar ou utilizar a combinação destas três ações. É considerado até hoje um dos melhores títulos do gênero no Super Famicom.

Porque não saiu do Japão?

Na realidade a pergunta correta seria, porque ele não foi lançado nos EUA, visto que Terranigma foi traduzido para o inglês e lançado na Austrália e Europa, recebendo até mesmo versões em francês, alemão e espanhol.

Excitebike: Vroom! Vroom! Mario Battle Stadium

Excitebike_Mario_Stadium_TitleScreenUm clone de Excite Bike, onde os pilotos são substituídos por Mario, Luigi, Princesa Peach, Wario, Toad, e alguns dos Koopa Troopas de Bowser. O gameplay é muito semelhante ao Excite Bike original com exceção de um modo “SUPER” onde o jogador possui turbo ilimitado e também tem que coletar as moedas da série Mario.

O jogo foi lançado para o sistema online do Super Famicom, o Satellaview. O serviço trazia uma série de jogos para download que não estavam disponíveis nas lojas. E um desses jogos foi Excitebike: Vroom! Vroom!

Porque não saiu do Japão?

Pelo fato de que foi criado para um serviço online que não existia fora do Japão e também foi lançado mais de um ano após o Nintendo 64 já ter chegado ao mercado, fazendo com que um port para cartuchos tivesse pouco atrativo do ponto de vista comercial.

Átila Graef

Comments (1)

  1. Tenho a honra de dizer que eu mesmo no Brasil joguei Devil World e eu tinha 7 anos! Saudades!

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