Análises

Persona 5 Royal

10
Persona 5 Royal está mais lindo do que nunca, botando o desempenho do Switchão no talo!

Acho que é seguro dizer que, com esse lançamento, o Switch é o console defiitivo dos RPGs!

É, Phantom Thieves! Que tal podermos curtir toda a vibe de Persona 5 no Nintendo Switch? É isso mesmo, a um tempo foi anunciado que chegaria à plataforma e de fato chegou para a alegria dos amantes de RPGs.

Desenvolvido e distribuído pela Hee-ho, digo, Atlus, essa análise é baseada na versão do Nintendo Switch que, de antemão, já adianto que ficou PERFEITA.

Você vai sentir muito ódio desse personagem.

Pude jogar a versão com todos os conteúdos extras e experimentar a história com a adição de mais personagens jogáveis, inclusive a estrela dessa versão que é a Kazumi! Mas infelizmente ela não é cannon apesar de eu preferir muito mais ela do que nosso menino de cabelos curtos, mas, apenas detalhes aqui.

Essa versão saiu para o PS4 e eu nunca tive a oportunidade de jogar ele, até porque quando saiu eu recém havia finalizado o jogo regular também e, por conta disso, eu não estaria disposto a investir de imediato as 100+ numa segunda jogatina.

Cut-in do Joker mega estiloso!

Ter jogado e finalizado Persona 5 e o Strikers só me fez ativar o hype novamente pra experimentar as novas e boas mudanças e acréscimos presentes no Royal, então vou contar da melhor maneira possível como ficou portado no Switchão. Para começar, todos os DLCs estão inclusos, isso engloba novos personas que podem ser comprados por 0 yenes (personas que extremamente fortes que podem ser utilizados logo no início do jogo, algo que eu não optei por, no caso.), várias roupas para todos os personagens que ao equipa-las o tema de batalha e de vitória mudam, então é um fan service maneirão já que tem muita coisa dos outros jogos da franquia nisso, e como fanboy que sou, isso ficou bem vindo pra caramba.

Noir dando uma cacetada no monstro.

Graficamente falando ele está super fiel. Além da resolução e das taxas de quadro que raramente caem e são levemente perceptíveis (algo que se assemelha muito ao port de Nier Automata (que fiz o review aqui também)), não teve absolutamente nada que me fez torcer o nariz.

O presentation do jogo continua lindo como sempre, menus estilosos, coerência de cores e uma estética espectacular em praticamente todas as interações que fazemos ao navegar nas opçoes do jogo, seja de status, persona e até mesmo as lojinhas.

Cenas que não haviam no original.

Enalteço muito o design de personagens e do bestiário que, embora tenham se repetido por todos os jogos da franquia e spinoffs, conseguiu se manter bem original e moderno. Característica presente também na sua continuação direta, o Strikers, game que recomendo muito também.

Continuando com a liderança no departamento de trilha sonora, esse é fácil o melhor trabalho do Shoji Meguro na minha opinião. O cara simplesmente é mestre em colocar o tempero especial que dá una apimentada legal desde que eu comecei com os jogos da franquia. Não consigo imaginar essa série sem ele trabalhando nas músicas, temas de batalha e músicas mais melancólicas, o cara é brabo.

Jack Frost, o mascote da Atlus.

O que me deixou impressionado com isso tudo foi as muitas adições de cenas e eventos que ficaram um pouco como “buracos” na trama original e que agora conta com uma boa explicação do que transcorreu de fato. Não só cenas com os modelos in-game mas também com cenas em animê, uma verdadeira obra de arte. Ao concluir eventos de melhoria dos social links, os personagens ligam para você para contar mais um pouco mais sobre o que conversaram, trocar aquela ideia marota, enriquecendo bastante o que já era bom.

Não dá para não comentar que todas as mudanças não foram positivas porque meu amigo, que capricho que vemos aqui. A introdução da nova personagem jogável, a Kazumi, é um estouro já que sutilmente as coisas mudam entre os dois personagens “principais” da trama. Relação entre os os heróis ou NPCs em certas instâncias. Eu adoro essas coisas principalmente porque dediquei um tempo considerável na versão crua do game.

Novo personagem da versão Royal.

Umas das poucas coisas que eu acho ruim na série como um todo é o tempo que as coisas precisam ser feitas. Botar dias, meses e ter que ficar administrando isso faz parte da experiência, eu sei, mas me dá um nervoso porque sem um guia é praticamente impossível de se concluir todos os Social Links (níveis de interação com um personagem que, ao avançar um level, Personas relacionados ficam mais fortes.) na calma, sempre com aquela pressão. E como já diria um sábio por aí, quem gosta de pressão é feijão. E com isso dito, um dos requerimentos para o true ending é fazer essa projeção de eventos e cálculos nos dias para que tudo coincida até uma data determinada. Chatinho, mas, o jogo tem essa dinâmica mesmo.

Tirando o fator tempo, é divertido passar o tempo evoluindo características do protagonista como os dotes psicológicos dele, coragem, inteligência e essas coisas. Muitas linhas de diálogo se abrem quando estamos em um certo grau de evolução, requisitos que inclusive servem para dar continuidade no aprofundamento do relacionamento com um ou outro boneco, então vale a pena sempre ir fazendo tudo que é minigame disponível para fazer seu dia render decentemente.

Que tal visitar o Hawaii?

O gameplay do jogo é bem variado, mas o charme sem dúvida é o sistema de batalha e a exploração das dungeons, e para quem já jogou já sabe que quando começa a tocar Life Will Change é porque tá na hora de tocar o terror contra a opressão! E a opressão pode ser realmente bem braba dada as opções de dificuldade que o jogo disponibiliza para ser experiementado. Gosto de jogar essa série toda no Hard, o que funciona mais como o “normal” em comparação aos outros jogos de RPG.

Persona 5 é um jogo bem longo, galera. Menos de 80 horas é bem difícil que você consiga zerar, então preparem-se para embarcar em uma jornada bem longa, porém muito gostosa que é esse título. O charme dos personagens, designs das dungeons e monstros, sistema de jogo, tudo faz com que a experiência seja algo que esteja sempre sendo renovada a cada chunk de horas que se passam, até porque é legal variar os personagens durante os conflitos para testar as muitas possibilidades que o jogo lança para você nas batalhas.

Sistema de batalha é viciante demais.

VEREDITO

Com todos os extras da versão Royal, que adiciona um final verdadeiro novo, músicas que vem com as roupas, um challenge battle no Velvet Room e uma tonelada de pequenas adições fazem desse o jogo de Persona mais completo que tem até os dias de hoje. Recomendo muito esse título. É um jogo desafiador, que vai te prender na história como nunca e vai lhe emocionar consideravelmente a cada instante que se passa.

Persona 5 Royal é um must have para os donos do Nintendo Switch, é a experiência completa e defintiiva.

David Signorelli
Últimos posts por David Signorelli (exibir todos)