Análises

Prinny Presents NIS Classics Volume 2: Makai Kingdom: Reclaimed and Rebound / ZHP: Unlosing Ranger vs. Darkdeath Evilman

7
Mais uma coletânea que trás um título exclusivo do Japão para nossas mãos.

RPGs são experiências bem ímpares e os jogos da NIS são sempre bem ricos em vários aspectos, além de bem agradáveis aos olhos e aos ouvidos, neste trabalho excepcional dos artistas envolvidos.

Sempre gosto de jogar qualquer coisa que a NIS lança ou publica, acho que sou aquele tipo de jogador que se agrada muito com a estética japonesa para os jogos num geral, ainda mais com uma coletânea maneira que é o Prinny Presents NIS Classics Volume 2: Makai Kingdom: Reclaimed and Rebound / ZHP: Unlosing Ranger vs. Darkdeath Evilman.

Dois jogos compõem esse título: Makai Kingdom: Reclaimed and Rebound e Zettai Hero Project: Unlosing Ranger Vs. Darkdeath Evilman, que está aí para quem não jogou nenhum dos dois jogos na época, até porque o Zettai Hero ficou apenas no Japão. Então vale salientar que esses jogos não são remakes, ok? São ports muito bonitos, assim como o volume anterior.

Se nada parece fazer sentido pra você, é porque não faz mesmo.

Makai Kingdom: Reclaimed e Rebound, inicialmente lançado no PS2, esta versão do jogo é na verdade baseada na versão PSP exclusiva japonesa com seus muitos sistemas diferentes e extras em comparação com o original, além de um capítulo novo especial que está presente aqui também.

Apesar deste modo poder ser jogado logo ao inicializar o jogo, ele vai requerer uma certa compreensão da história principal antes de tudo. É uma versão bem difícil do jogo que segue com a filha de Zetta como protagonista, Petta, através de uma história inédita. No entanto, é uma maneira divertida de passar mais tempo com o elenco maluco que muito me agradou, já que eu já havia jogado um pouco dele na época.

Isso que eu chamo de cabelo de fogo!

Makai Kingdom é um RPG tático do tipo Disgaea na maioria dos aspectos, sistema de batalha que difere um pouco, progressão por capitulos, personagens marcantes, um enredo muito exagerado como de praxe e mecânicas de gameplay que são maneiras pra caramba, principalmente a gestão das bases e evolução dos recursos, algo como um jogo de guerra tático mesmo, é bem louco, o que para algumas pessoas pode acabar cansando um pouco já que os outros títulos da softhouse são relativamente semelhantes, inclusive com várias aparições de personagens de diferentes universos indo e vindo em meio dos mundos, o que não é um problema pra mim, mas confesso que pode ser meio maçante às vezes.

Já comentando de Zettai Hero Project: Unlosing Ranger vs. Darkdeath Evilman, foi lançado no PSP no ocidente. ZHP é essencialmente um dungeon crawler roguelike que utiliza a mesma direção de design de Disgaea. A história segue uma pessoa comum que acaba de receber o poder do Unlosing Ranger e morre nas mãos de Darkdeath Evilman (que nome top). Felizmente, ele acorda para começar seu treinamento enquanto um Super Bebê defende a Terra. Sim, esse jogo é bem doido.

Mais edgy que Darkdeath Evilman impossível.

Adoro o humor e a escrita desta aventura. Tem muitos personagens únicos que são bonitos, interessantes e expressivos durante cada cena. Contudo, durante as cenas, a versão do Switch lista A e X como botões para pressionar para progredir; Dito isso, não diz que X simplesmente pula a cena inteiramente sem aviso prévio, o que pode acarretar em uma skippada acidental super desagradável.

Os elementos de rastreamento de Dungoeons são bastante viciantes aqui, pois cada missão destina-se a aumentar o nível de sua base ao retornar de cada exploração. Embora você comece no level 1 toda vez que entrar, sua base será constantemente atualizada, permitindo acesso a novos sistemas à medida que o jogo avança, bem parecido com a maioria dos jogos do gênero. Você está destinado a morrer neste jogo, e isso acontecerá, mas utilizar o recurso de personalização básico permite que você crie novas armas poderosas para enfrentar os chefes (os muito chefes).

Pode não parecer, mas os jogos dessa coletânea são bem viciantes.

Lamentavelmente para ambos os jogos, nada de especial foi feito neles, nenhum extra maneiro da versão da coletânea ou algo assim é visível no jogo, além de que os jogos estão em inglês, o que já é uma coisa boa. Claro, há uma adição assim de recursos de qualidade de vida como auto-save e whatnot.

VEREDITO

Eu gostei, eu gosto muito de jogos assim, e acho que sempre vou consumir conteúdos desse gênero. RPGs são experiências bem ímpares e os jogos da NIS são sempre bem ricos em vários aspectos, além de bem agradáveis aos olhos e aos ouvidos, neste trabalho excepcional dos artistas envolvidos.

Eu recomendo, claro, recomendo todas as coletâneas desse gênero. Para quem não jogou Makai Kingdom na época do PS2, agora é hora de curtir nos consoles modernos. Vale muito a pena.

David Signorelli