Análises

Análise – Tales of Xillia 2

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A conclusão da Saga Xillia
Tales of Xillia 2 é um RPG com personagens marcantes, toneladas de coisas para fazer e principalmente exemplar em matérias de emocionar, com a sensação de concluir uma saga épica.

A Bandai Namco trás novamente ao mercado mais um jogo da sua mais aclamada franquia de RPGs; Tales of Xillia 2.

O jogo se passa um ano após os acontecimentos do anterior, agora com um rapaz chamado Ludger Kresnik, protagonizando a história.
Como de costume, a série Tales of. tem melhorado a cada título lançado, polindo mais e mais seu sistema de jogo e principalmente questões artísticas e de game design em geral. Tales of Xillia 2 não é diferente, o que já era muito bom, ficou ainda melhor. A conclusão esperada para uma longa saga.

História

Como mencionado anteriormente, Tales of Xillia 2 acontece um ano depois dos acontecimentos do primeiro jogo. A história começa com uma perseguição envolvendo um homem mascarado e uma garota. Logo revelando ser o pai da menina, ele menciona um lugar chamado Land of Cannan onde supostamente qualquer desejo poderá ser realizado a quem chegar lá. Entregando-a um misterioso relógio e fazendo uma promessa de chegar a qualquer custo. Logo após, temos a introdução inicial ao protagonista Ludger. Ludger, querendo se tornar um agente e trabalhar como seu irmão, submete-se a um a um teste de aptidão pelo próprio, o que o leva a falhar posteriormente.

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Tendo esse resultado, muito frustrado, o que resta para Ludger fazer é o que ele já domina bem, ou seja,  cozinhar. No entanto, a caminho para seu trabalho, ele acaba esbarrando com Elle na estação de trem, onde ambos descobrem um poder oculto no meio de um ataque terrorista que viera levar a uma tragédia, responsável por deixar nosso herói com uma dívida de 20.000.000 de Gald em despesas médicas.

A história de Tales of Xillia 2 envolve muitos aspectos interessantes para quem chegou a jogar até o fim o primeiro. Muitas referências e detalhes peculiares são revelados sobre cada um dos personagens, criando mais profundidade a cada um dos integrantes da equipe; Jude, Milla, Leia, Alvin, Rowen, Elise, Gaius e Muzét compõe o roster principal e participam diretamente dos acontecimentos do jogo. Para quem não jogou o anterior, Xillia 2 conta com uma enciclopédia muito completa sobre cada mínimo detalhe da história ou personagens importantes que apareceram, assim todos podem aproveitar e entender perfeitamente o que está acontecendo sem a necessidade de uma experiência prévia, embora claro, seja muito mais interessante ter jogado o anterior.

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Jogabilidade

Tales of Xillia 2 é um RPG tradicional quando se fala de explorar cidades e dungeons, com algumas adições de poder correr, escalar, agachar-se e usar fast-travel de um lugar para o outro instantaneamente (em algumas ocasiões isso não é possível). Também conta com um sistema diferente de evolução chamado Allium Orb onde o jogador equipa uma espécie de acessório que possibilida o aprendizado de skills e artes juntando AP. O foco do gameplay, no entanto, está no combate. Famoso sistema de batalha desde o primeiro jogo, Xillia 2 segue como de costume a evolução natural, exigente e polida desse sistema.

O combate é com o mapa esférico, como introduzido em Tales of Symphonia para o Gamecube, e focado em links no qual dois personagens se ajudam diretamente combinando os ataques especiais (artes) ou desempenhando funções específicas como por exemplo o Guard Break de Alvin, para inimigos mais rígidos como golens ou dragões.

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Ludger é o personagem mais versátil da série se tratando de batalha, pois ele é o único que consegue alternar seu estilo de luta em 3 tipos diferentes; Espadas, pistolas e martelo, cada um com uma rica gama de golpes especiais e utilidades que se adaptam a cada situação. Alguns aliados se dão melhor com determinado estilo que Ludger usa, Jude e Milla se dão melhor com espada, enquanto Alvin e Leia se dão melhor com pistolas e martelo respectivamente, e por aí vai.

O jogo flui de maneira em que você não se atrapalha para fazer as quests ou derrotar chefes opcionais (e uma bonus dungeon após concluir o jogo), tudo muito bem explicado e intuitivo. A placa de quests que se encontra em todas as cidades junta todos os tipos de afazeres e recompensas, sempre mudando a cada capítulo em que o jogador progride. O jogo também não possui nenhum missable crucial, somente algumas cenas devido as decisões tomadas nos eventos.

Um sistema novo de customizar itens e equipamentos foi implementado, fazendo valer bastante os recursos que encontramos durante as caminhadas pelos cenários do jogo, tais como cristais, rochas, etc.

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Som e música

A primeira coisa que se escuta ao ligar o jogo é o tema da abertura cantada por Ayumi Hamazaki ” A Song 4 U “, colocando o padrão da trilha sonora no mesmo nível do tema principal.
Como muita coisa presente em Xillia 2 vem do jogo anterior, muitas BGMs podem ser escutadas novamente durante o progresso da história, porém as peças originais não ficam para trás. Em especial os temas de batalha e a cidade de Marksburg (Via Rieze Maxia) são meus temas favoritos, incluindo também, claro, o tema da batalha final ” If Its for U ” que é fantástico.

Motoi Sakuraba, compositor principal da série, com certeza se empenhou muito nos últimos jogos. As músicas puxam para um lado mais oriental-chinês e com muitos toques de rock progressivo, característica deste compositor.

De modo geral, as músicas de Xillia 2 são muito boas e memoráveis, orquestram perfeitamente os momentos casuais, de calma, até os de tensão.

[tube]https://www.youtube.com/watch?v=XbyO54C-NYI[/tube]

Entrevista com o Produtor de Tales of Xillia 2

Gráficos

Os gráficos não sofreram melhoras na segunda versão do jogo, continua sendo muitíssimo bem trabalhado e detalhado. “Detalhes” são o ponto forte na minha opinião, tudo parece ter sido feito com olhares minuciosos sobre cada canto do cenário ou personagens, resaltando a animação e detalhamento da fluência de movimento de tecidos ou pelugem dos monstros, pequenas coisas que dão muita vida ao universo ali presente, de fato, feito com muito esmero.

Tecnicamente é um jogo mediano e não diria que tem qualidades que se aproximam de jogos AAA. Mas com certeza é um dos jogos que vai fazer você parar e girar a câmera diversas vezes para ver um pico de uma montanha ou um horizonte distante. Aliás, 100% do tempo o jogo possui a câmera livre também.

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Conclusão

O que que eu posso dizer? É tudo o que eu esperava de um Tales of. Um jogo com um começo, meio e fim, personagens marcantes, toneladas de coisas para se fazer e principalmente exemplar em matérias de emocionar.

Como um fã assíduo da série, tenho que dizer que essa foi a instalação (como um todo, Xillia e Xillia 2) mais competente que eu já joguei. Jogo praticamente sem telas de loading, tudo fluindo rapidamente, dublagem de primeiríssima qualidade e um sistema de batalha fantástico.

Eu me pergunto toda vez quando eu vejo a tela de Fin. ” Como é que será que vão melhorar isso? ” e, sempre para minha surpresa, melhoram, e melhoram muito. Minha única “reclamação” com o jogo é que o protagonista é silencioso, mas também, é muito legal ver os rumos em que suas escolhas tomam.

Tales of Xillia 1 e 2 trazem um jogo completo. Os dois se complementam na experiência, uma longa e árdua jornada, porém com muita diversão e sentimento de concluir uma saga épica.

 

Fábio Kraft
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Comments (1)

  1. Sensacional! Que venham mais reviews e Tales!

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