Análises

Destroy All Humans 2! – Reprobed

8.5
Crypto está de volta mais esdrúxulo do que antes!

Destroy All Humans 2! - Reprobed é tão bom quanto o anterior, com um humor escrachado, um arsenal ainda maior para Crypto e uma variedade ainda maior de localidades para que você possa tocar o terror

O remake de Destroy All Humans, desenvolvido pela Black Forest Games e lançado em 2020, foi uma enorme surpresa e conseguiu me conquistar logo nos primeiros minutos de gameplay. Acompanhar Crypto em sua jornada cheia de bizarrices e com um humor questionável foi algo extremamente divertido e, quando anunciaram que estariam recriando a sequência também, fiquei muito empolgado.

E eis que Destroy All Humans 2! – Reprobed já está entre nós! Sendo lançado para Xbox Series S|X, PlayStation 5 e PC (pois é, a antiga geração ficou de fora dessa vez), a continuação do cômico jogo do alienzinho Crypto possui novamente a mão da Black Forest Games, além de também ser publicado pela THQ Nordic. Mas depois de tudo isso a questão que fica é: será que essa sequência é ainda mais caótica que o primeiro game?

Não, ele não veio em paz!

A história de Destroy All Humans 2! – Reprobed, sendo uma continuação direta do primeiro jogo, já nos coloca direto em uma reunião secreta da KGB. Nela, nos é informado que o Crypto que controlamos no jogo anterior está morto, mas há um clone do mesmos que está tocando o terror nos Estados Unidos. Com isso, além dos americanos, os russos também se metem na jogada e, com isso, o novo alienzinho terá mais trabalho que da última vez para concluir sua missão.

Pois é, as coisas ficaram beeem mais malucas

A trama da sequência se expande muito mais se compararmos com o primeiro game, com uma boa variedade de locais fora dos EUA, que era o único cenário do jogo anterior. Essas novas localidades são muito bem aceitas e trazer um maior ar de grandiosidade para a história do game, já que, como disse antes, não apenas os americanos estão envolvidos na jogada, mas os russos também.

O senso de humor do jogo continua extremamente engraçado, com o mesmo não se levando a sério, e é exatamente esse o charme da franquia. Cada piada é mais esdrúxula que a outra, e devo admitir que não foram poucos os momento em que caí na gargalhada, já que até coisinhas bobas acabam tendo graça aqui. Mas vale deixar claro: o humor do game é aquele que pode ofender algumas pessoas, com certas piadas contendo um teor mais pesado, então leve isso em consideração caso esteja pensando em jogar o mesmo.

Ninguém está a salvo das infames piadas de Crypto, desde os russos da KBG até os hippies da Califórnia, que além de serem os maiores alvos do humor que o game apresenta, também são muito bem encaixados na trama de Destroy All Humans 2!, que fica mais maluca a cada missão que o jogador conclui, mas acredite em mim, é um “maluco” bom e que assume toda a comédia pastelão no melhor estilo Marte Ataca! (sim, aquele filme do Tim Burton). Minha única crítica em relação ao humor do game é que, além de ser do tipo que pode ofender algumas pessoas (mas aí vai de cada um), certas piadas acabam realmente passando do ponto, isso pelo fato do game original ser de 2006 e, obviamente, de lá para cá as coisas mudaram.

O amor é lindo!

Agora partindo para a gameplay, de maneira geral a mesma se mantém bem parecida com o do game anterior, mas com algumas melhorias que foram muito bem-vindas. Controlar Crypto está ainda melhor e, claro, não poderia deixar de destacar que o seu arsenal está ainda melhor, sendo extremamente divertido utilizar cada arma e poder do personagem nos humanos e sair tocando o caos por aí. Mas gostaria de deixar claro que a sonda anal é e sempre será a melhor arma desse jogo (pronto, falei).

Não só o arsenal de Crypto é um dos pontos fortes do game, como a sua locomoção também é. Ao sair andando com o personagem pela primeira vez temos uma sensação de que a movimentação será extremamente lenta, mas não se deixe enganar, em pouco tempo essa situação muda, já que iremos recebendo novos equipamentos e, claro, obtemos acesso a icônica nave especial que é peça chave em inúmera missões e que, claro, colabora na locomoção do jogador. É quase um “jatinho particular”, digamos assim.

Outro ponto que pode-se destacar no que diz respeito a gameplay é a exploração. Como já disse antes, temos uma variedade ainda maior de locais que podem ser explorados quando comparamos com o primeiro game, e isso se reflete em mapas que rapidamente ficam icônicos, diga-se de passagem o primeiro, que é uma pequena recriação de São Fransisco. Há ainda a possibilidade de jogar algumas missões secundárias que, por mais que não são muitas, adicionam algumas horas a mais de jogatina.

Há uma variedade ainda maior de lugares nessa sequência

E claro, não podemos deixar de falar do visual do game que, assim como no remake do antecessor, continua muito bom e ouso até dizer que houve uma certa melhora. É aquele estilo cartunesco que combina e muito com a proposta que o jogo possui e que, se compararmos com o original, está lindíssimo. A trilha sonora e os efeitos sonoro também são muito bons, contendo notórias inspirações de filmes de alienígenas dos anos 90.

Certo, até agora foram apenas pontos positivos, mas o game apresentou uma coisinha que acabou me incomodando, que no caso foram quedas de frames em determinados momentos. Joguei a versão de PS5 e, quando havia mais ação rolando em tela, as quedas de framerate era notória, um problema que infelizmente deriva do seu antecessor. Não é nada que atrapalhe muito a jogatina, mas acaba sendo algo um tanto quanto chato.

Mas e aí, vale a pena?

Destroy All Humans 2! – Reprobed inegavelmente é uma evolução do seu antecessor. Com um humor ainda mais ácido, uma trama ainda maior e um arsenal ainda maior, o remake da segunda aventura de Crypto (ou o clone dele) consegue ser ainda melhor e mais divertido que seu antecessor. Se você gostou do primeiro jogo, não tenho dúvidas de que também irá passar boas horas com esse novo!

Pros

  • Trama ainda maior que a do seu antecessor
  • Humor extremamente ácido
  • Jogabilidade muito boa
  • Arsenal mais diversificado que o do primeiro jogo

Contras

  • Quedas de frames em determinados momentos

 
 
 
 

Lucas Nunes
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