Análises

Prinny Presents NIS Classics Volume 1: Phantom Brave: The Hermuda Triangle Remastered / Soul Nomad & the World Eaters

8
Dois S-RPGs da era de ouro do PS2 no Switch!

Ambos os jogos são um festival de grindar. Você vai lutar, repetir, pegar mais nível, evoluir mais suas armas por muitas horas, muitas mesmo.

Bons momentos daquela época que eu jogava meu Phantom Bravezão no PlayStation 2.

Um jogo que eu via poucas pessoas comentando mas que eu me dediquei tanto a ele ao ponto de desenvolver um vínculo emocional consideravelmente grande. Faz quanto tempo isso já? 2004, o tempo voa! E, depois de tantos anos, pude experimentar em grande estilo a versão do game com uns add-ons maneiros além do belíssimo re-trabalho na resolução e outros aspectos técnicos do jogo.

Marona e Ash trocando uma ideia com um coelho, normal.

Mas esse pacote não trata-se apenas de Phantom Brave, mas sim de um título que passou batido por mim, Soul Nomad. Como pude deixar de ter jogado isso na época em que foi lançado? Não sei responder, talvez outros jogos acabaram ofuscando um pouco e o tempo passou, mas como um bumerangue, as coisas vão e voltam, né?

Soul Nomad é muito louco, é um jogo com uma profundidade incrível e que eu acho um desperdício mesmo as pessoas que são donas de um Nintendo Switch não conhecerem esses dois títulos. Meu nome é Fábio Kraft e venho aqui com mais uma análise de dois grandes RPGs num pacote só!

O.B. ? Out of Bounds? Deve ser!

Prinny Presents NIS Classics Volume 1: Phantom Brave: The Hermuda Triangle Remastered / Soul Nomad & the World Eaters, ufa, é um pacotão de RPGs táticos desenvolvido e distribuído pela NIS para o Nintendo Switch para todos que buscam aventuras recheadas de danos exagerados, alívios cômicos (uns nem tanto, Phantom Brave triste demais as vezes, gente.) e personagens marcantes para ambos os games.

Os dois jogos são RPG táticos, cada um com sua particularidade, mas muito semelhantes às suas origens e inspiração: Disgaea, claro!

Os ataques pra variar são demais!

Cada jogo dá seu próprio toque à mecânica de “Disgaeismo“, com pequenas alavancadas aqui e ali para definir sua particularidade. Phantom Brave trás um conceito de “confinar” seus aliados em objetos e armas que podem ser evoluídos separadamente, concedendo a eles atributos específicos para cada situação. É o ideal para se iniciar os combates mais para frente, mas você pode confinar seus heróis em basicamente qualquer coisa do cenário como pedras, árvores e afins.

Parece estranho, mas é uma mecânica bem explorável, rica e vai fazer você investir horas em experiências particulares para deixar seu grupo parrudão.

Soul Nomad já se assemelha mais como um Disgaea mais sério, mais cadenciado, algo semelhante a Fire Emblem até… com Valkyrie Profile, é um rolo. A maioria da mecânica do jogo gira em torno de “dominar as vontades dos outros”,  manipular e organizar os grupos que foram dominados e usar seus recursos para vencer as batalhas. É complicado de explicar, mas é bem construído e interessante, eu gostei bastante, afinal de contas já gastei mais de 100 horas nesse jogo fazendo os extras, e não estou nem perto de concluí-los.

Rising Dragon ou algo assim.

Tecnicamente são jogos de PlayStation 2 (PSP, no caso do Phantom Brave) em alta resolução, embora não seja algo que me desagrade tanto, eu achei que em alguns aspectos os jogos poderiam ter sido trabalhados um pouquinho mais, principalmente no caso dos sprites. São muito estourados, não bate com a resolução dos cenários e dos menus, é um pouco estranho de fato.

Algo que não ofusca o gameplay, óbvio, mas tem aquela puxada de nariz que poderiam ter feito algo a mais. Mas, em compensação, a trilha sonora de ambos os jogos é de tirar o chapéu, sério, como eu amo o departamento de áudio da NIS. Fiquei de cara com as músicas de Soul Nomad que eu não conhecia, é muito legal. Tão bem como as músicas, as dublagens são de primeira, é muito nostálgico ouvir as linhas de diálogo de Phantom Brave, muito top!

Danette é muito bom.

Ambos os jogos são um festival de grindar, galera. Você vai lutar, repetir, pegar mais nível, evoluir mais suas armas por muitas horas, muitas mesmo. Eu não consigo me imaginar terminando nenhum destes dois jogos em menos de 50 horas, então tem muito trabalho pela frente. Custo benefício incrível, para se jogar no portátil então, melhor ainda! Tão bonito no modo portátil quanto no modo ligado à TV. Eu adorei e recomendo muito, pelo preço que está, está valendo muito a pena!

Fábio Kraft
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