Vampyr é o novo game da francesa DONTNOD Entertainment e publicado pela Focus Home Interactive para PC, PS4 e Xbox One. O game é um RPG de ação ambientado na Londres do período vitoriano e usa um sistema de combate inspirado em Bloodborne.
Entre vampiros
Vampyr é um game claramente focado em narrativa e história, seguindo a escola de RPGs ocidentais modernos você pode esperar bastantes e bons diálogos, alguns personagens marcantes, boa história e um protagonista que pode ser moldado ao gosto do jogador.
O game começa com o médico Jonathan Reid acordando numa vala comum e descobrindo que se tornou um vampiro. A trama se desenvolve em cima dessa premissa que é pouco abordada nos videogames e que foi muito bem desenvolvida pela DONTNOD.
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Os personagens têm bastante personalidade e praticamente todos eles oferecem boas linhas de dialogo e ramificações dentro da história. Era de se esperar essa qualidade dos criadores de Life is Strange.
Uma coisa que me agradou bastante foi a qualidade e a profundidade que as missões extras e os personagens secundários tem no game. Sinceramente esperava uma experiência de jogo mais linear e mais focada no desenvolvimento da trama e dos personagens principais.
A minha única crítica é ligada à sistema de level dos inimigos que barram a exploração dos cenários e também o cumprimento das quests secundárias, principalmente no inicio do game. Tirando esse pequeno problema gostei muito do universo criado em Vampyr.
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Sou um monstro ou isso é ser humano?
O que me surpreendeu positivamente em Vampyr foi seu sistema de progressão baseado em fatores, muito bem pensados, e o sistema de combate bastante inspirado em Bloodborne.
Em Vampyr você pode assassinar qualquer NPC em troca de mais experiência, e essa experiência está diretamente ligada a algumas mecânicas dentro do jogo. Essa é uma das coisas mais interessantes do game. Se por exemplo um NPC estiver doente a quantidade de EXP recebida vai diminui. Se você conhecer e tiver mais informações sobre a vida ou rotina dele isso vai aumentar o quanto de XP irá receber ao assassiná-lo.
Matar qualquer NPC trará algumas consequências que irão influenciar nos personagens e nas tramas do jogo, inclusive se preferir pode escolher não matar ninguém. Outra coisa importante é que no momento de passar de nível é interessante prestar a atenção no estado de saúde dos NPCs, que podem piorar dependendo da gravidade de alguma doença e gerar um risco de epidemia em uma das comunidades, algo que provavelmente vai mudar a sua experiência de jogo.
Como dito acima, o sistema de combate bebe da fonte de Bloodborne da From Software e só teve uma coisa que me incomodou um pouco; a dificuldade é baixa. Mas Vampyr tem um sistema rápido, competente e que valoriza a agressividade, dando bastante possibilidades na escolha das armas e das habilidades, que estão bem acima do que esperava ver no game.
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Os bosses do jogo deixam um pouco a desejar, mesmo assim são bons momentos para se desafiar e para testar suas novas habilidades e sua proficiência com os controles do jogo que são bastante responsivos quando os problemas técnicos não afligem a experiência.
AUDIOVISUAL
A parte visual de Vampyr é mediana. O sistema de iluminação é muito bem feito e os cenários são bem construídos, mas infelizmente os personagens e variedade de ambientes pesam para baixo. A arte é agradável, mas nas apresentações anteriores o game parecia bem melhor.
Agora o principal defeito fica por conta da performance. Nenhuma versão roda muito bem e no PC temos pouquíssimas opções gráficas para tentar balancear essa falta de otimização. Eu pude jogar as versões do PC e do PS4, e visualmente ambas estão bem parecidas, inclusive na performance das taxas de quadros que fica devendo em ambas.
A parte sonora é o ponto alto, tanto a OST quanto os efeitos sonoros e dublagem são muito bem feitos. As músicas combinam com os efeitos sonoros e casam bem com boa ambientação do game. Uma coisa muito boa é que Vampyr está com textos e legendas 100% em português do Brasil.
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Vampiro A Máscara
Acho que maior falha de Vampyr é tentar ser um AAA e não conseguir. Tecnicamente o game sofre nos PCs, mas é nos consoles a situação fica mais grave por ficar constantemente abaixo dos 30 FPS. Mesmo assim é um jogo muito interessante pelo tema, pelo desenvolvimento da trama e dos personagens. Se você ignorar os problema técnicos e procura essas qualidades num jogo, esse é mais que recomendado.
A jogabilidade tem algumas falhas, mas cumpre seu papel e as mecânicas de progressão são bem desenvolvidas. Não recomendo pagar preço cheio, mas em uma primeira oportunidade de promoção é com certeza bem-vindo. Eu levei aproximadamente 30 horas para finalizar a história e fiquei satisfeito com o que vi mesmo esperando mais.
Num próximo jogo espero mais foco da DONTNOD em trabalhar com um budget maior para atingir seus objetivos. Vampyr é um bom jogo mais ficou com aquele sabor de algo que poderia ser melhor.
KILL
- Excelentes diálogos e bons personagens
- História bem desenvolvida e interessante
- Boa trilha sonora e dublagem
- Missões extras adicionam ao universo do game
DON’T KILL
- Tecnicamente é bem falho
- Gráficos e animações medianas
- O combate poderia ser mais desafiador
- Uncharted: Coleção Legado dos Ladrões - 5 de fevereiro de 2022
- Call of Duty: Vanguard - 14 de dezembro de 2021
- Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão - 24 de julho de 2021
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