Análise: F1 2013

A Formula 1 é um esporte esquisito para o povo brasileiro. Atualmente não temos mais motivos para acompanhar essa categoria que já trouxe ao nosso país, tantas glórias no passado. Fica aquela impressão de que a maioria do povo brasileiro não é muito fã de esportes em geral, e sim de ver um “brasileirinho, contra esse mundão todo” ganhando.

Conheci a Formula 1 ainda criança, assistindo com o meu pai que teimava em acordar cedo para ver um tal de Ayrton Senna correr. Eu é claro ficava extasiado com todo aquele espetáculo, mesmo sem entender nada, mas pouco tempo depois já era meu esporte favorito. Hoje em dia já não ligo se não tem nenhum brasileiro na frente. Gosto do esporte, e como meu pai no passado, hoje acordo cedo aos domingos, mas não pra ver o tal do “brasileirinho” e sim por ser fã.

E como fã fiquei muito feliz, quando soube em 2008 que a minha amada F1 ia parar nas mãos da competentíssima Codemasters. Uma empresa que vem dominando o mercado de jogos de corrida desde TOCA Touring Car Championship no longínquo PSX.

E conforme prometido, a Codemasters entregou F1 2010, um jogo que trouxe o retorno da categoria aos games com todo seu esplendor. Mas é claro que havia um problema: com um campeonato dominado pela poderosa equipe Red Bull há 4 anos seguidos, sendo muito parecidos, como a Codemasters poderia convencer seu público a continuar comprando essa série anual?

Os novos modos

A principal novidade desse ano da série F1 da Codemasters é o modo Modo Clássico, onde podemos jogar com os bólidos do passado em pistas tão clássicas quanto. É importante salientar que apesar de uma boa seleção de pilotos e carros clássicos, que incluem entre outros: Alain Prost, Emerson Fittipaldi, Michael Schumacher, Nigel Mansel. NÃO TEMOS AYRTON SENNA disponível.

Nas mudanças em relação ao F1 2012, o modo Grand Prix está de volta, e agora podemos viver na pele um Felipe Massa ou Sebastian Vetel, como acontecia em 2011 e 2010.

Também temos o modo Scenario, que adiciona uma variação muito interessante, onde entramos em uma corrida na metade e devemos cumprir uma “missão” específica para que possamos vencer, algo desafiador e muito divertido por sinal.

Jogabilidade

O nome Codemasters em jogos de corrida continua sendo sinônimo de jogo bom, então não existem grandes chances de erro nesse aspecto. O jogo está bem prazeroso de jogar nessa versão. Contamos com algumas regrinhas atualizadas é claro, como por exemplo, o uso do Kers em treinos fazendo com que os carros saíam mais de traseira.

Com controles competentes, F1 2013 é um jogo que agrada a todos. Você pode jogar sem nenhuma assistência, no nível mais difícil e ter um bom simulador, ou tentar jogar com tudo ligado, no fácil e jogar um bom jogo arcade, atendendo aos mais variados estilos de jogadores.

Gráficos e Som

Os gráficos sofreram uma atualizada de leve, ficando ainda mais bonitos que os do ano passado. A versão testada foi a de PC, e é impressionante observar como o jogo é leve, mesmo em máquinas mais simples do que os PCs pra jogos da atualidade. Não existem slowdowns perceptíveis, nem com todos os carros na pistas ou em pistas com chuva, o que é uma bela surpresa.

O som é o que se espera de um jogo de Formula 1, com barulho dos motores a quase todo momento, sons de parafusadeiras automáticas e mecânicos, dando um clima bastante fiel ao das corridas reais.

Conclusão

F1 2013 é um ótimo jogo, mas peca em ser parecidíssimo com a versão do ano passado. É recomendado para todos que gostam de um bom jogo de F1, mas que não tenham comprado às versões anteriores. Se você já tem o F1 2012, talvez seja bom dar uma olhadinha antes pra ver se somente algumas poucas melhorias gráficas e os carros clássicos fazem a sua cabeça, ou você pode acabar com uma infeliz sensação de ter adquirido um DLC pelo preço de um jogo novo.