Análises

Dragon Quest Treasures

10
Eric é fofinho só na aparência, viu?

Dificil chamar de spinoff já que a conexão com o 11 é muito clara. Que jogo!

Dragon Quest Treasures para o Nintendo Switch é a mais nova instalação desse spinoff (digamos assim) recheados de surpresas, quests e muitas referências dos games antigos que farão os fãs esboçar sorrisos a cada coisinha coletada.

Acompanhem aqui minha análise desse maravilhoso exclusivo, cedido à nós pela Square-Enix!

Desenvolvido pela Tose Co. e distribuído pela SE, Dragon Quest Treasures é um excelente action RPG que com certeza vai agradar os fãs do gênero, principalmente aqueles que já concluíram o 11 da série principal, já que nossos protagonistas são personagens residentes de Erdrea; Eric e sua irmã Mia, porém muitos anos antes da trama principal acontecer pois ambos são crianças nessa timeline.

Mia e Eric, os protagonistas desse grande jogo.

A premissa do jogo é bem simples: coletar 7 tesouros especiais que foram dispersados para fazer com que dois familiares, Porcus e Purrsula (nomes com um alto teor de originalidade) que apareceram repentinamente em sua embarcação possam retornar para casa.

Sem dar muitos spoilers aqui, somos levados para Draconia, uma terra cheia de segredos, monstros e tesouros, moldadas em cima de ruínas de dragões antigos, acontecimentos que precedem nosso envolvimento com esses seres místicos e aceitarmos a missão de ajudá-los nessa empreitada.

Nossa aventura ocorre em 5 grandes ilhas ligadas à um complexo sistema ferroviário que conecta uma as outras, fazendo com que a navegação pelo mundo seja mais rápida e eficiente, mas as estações não estão abertas logo de início, será necessário chegar até elas a pé e fornecer os requisitos ao líder da estação para reativar todas novamente. Processo que não é nada estressante já que a jornada em si tem muita coisa para se coletar, explorar e conhecer durante o percurso.

Os cenários são parte do charme dessa aventura.

Essas 5 ilhas são dividas em biomas diversos: gelo, vulcão, pântano, deserto e planices, cada um contendo uma variedade de itens, monstros para recrutar e tesouros particulares. Entre uma aventura e outra, possuímos uma base, um quartel general onde podemos realizar diversas funções como mudar nossa equipe, aceitar quests diárias, utilizar as lojinhas e explora e o Snarl, uma dungeon que tem como finalidade dar dicas sobre a localização de cada Dragon Stone.

Coisa que eu gosto muito dessa base é a música de fundo, ela é uma do Dragon Quest 7 que trás uma paz, super gostosinho de ficar fuçando nos menus enquanto fica com isso de fundo. Essa e tantas outras, diga-se de passagem. A trilha sonora desse jogo é maravilhosa apesar de quase não ter nenhuma música original dele mesmo, mas sim dos outros jogos da série (Não estou reclamando).

Deve doer mais do que parece!

O grande ponto positivo desse jogo é sem dúvidas o gameplay, nada vai te levar a frustração durante a jogatina (exceto os monstros de metal e os feito de joias, aí é de arrancar o cabelo) já que todas as quests podem ser realizadas a qualquer momento que desejar, até porque quanto mais coisas você for aceitando, melhor.

O fato de você explorar com um monte de coisa em progresso vai acarretar na conclusão das mesas a medida que vamos perambulando as regiões do jogo, seja de recrutar um monstro em específico, coletar um número determinado de itens e por aí vai; muito satisfatório.

O jogo todo vai levar o jogador a ser estimulado a coletar os tesouros espalhados pelos mapas, sendo eles os especiais e os mais simples, que chamam de bric-a-brac, os de menor valor.

Cuidado para não escorregar.

Ao retornar com eles em mãos, eles serão avaliados e serão definidos valores aos tesouros coletados que, ao juntar um valor específico de dinheiro (via aquisição desses artefatos), nossa base subirá de rank, possibilitando que mais recursos sejam habilitados e até mesmo “convidando” gangues rivais a nossa base para defendermos os tesouros tão arduamente adquiridos nos rolês.

A exploração é um ponto forte e irá exigir que o jogador pense bem no time que irá levar consigo para a aventura. Em alguns momentos será necessário planar, saltar mais alto ou entrar nas sombras para chegar em lugares apertados, e se não levarmos um ou outro monstro com essas características vamos ter de fazer o trajeto tudo novamente.

Sempre indico como dica levar esses 3 tipos que mencionei acima, pois o scan e o sprint são meio inúteis ao meu ver, não tem uso prático para travessia de algumas partes, entende? Mas, cada um joga como achar melhor, claro. E lembrando, pegue tudo o que puder, não há limite de bolsa para os itens comuns, já os tesouros já terão um número mais limitado para carregar.

Todo mundo só quer saber de tesouros.

Tendo isso dito, as vezes você estará muito longe de uma estação para retornar à base, e a única maneira coerente de fazer isso é com um Chimera Wing, obtido por realizar as missões diárias (principalmente), então sempre que der, faça as missões diárias e, claro, mande seus monstros reservas para expedições toda hora já que é um melhores jeitos de encontrar tesouros de rivais, dicas de metal/ bejeweled monsters, além claro dos possíveis tesouros que possam retornar com eles.

Esses despachos acontecem com o relógio do jogo, então tem expedição que leva 15 minutos até 60, então o ideal é deixar rolando de segundo plano para otimizar o que dá.

Se fosse gosta de coletar cacarecos, preencher catálogos, esse jogo é pra você. Há simplesmente muito o que se fazer! Além das quests que são bem divertidas, preencher o bestiário, roubar os itens dos inimigos nunca foi tão legal e prático, faz as tarefas que são mais repetitivas se tornarem prazerosas a um ponto que você nem sente que tá tendo um retrabalho com uma situação ou outra (como por exemplo, recrutar mais de um monstro pois você precisou se desfazer dele para um requisito.), é muito bem construído esse jogo.

Fiz grande maioria das quests extras e zerei o jogo com 30 horas, já com o postgame, eu diria que pode beirar as 50, já que é visível a encheção de linguiça ali, hehe.

VEREDITO

Com um mundo vasto, muito fan service, quests, chefes opcionais e um enredo bem construído, Dragon Quest Treasures é uma pedida sem erro, não passei por nenhum momento chato durante a aventura, curti até o fim, ADOREI a trilha sonora, tão bem como os gráficos e personagens, não me falta nada a adicionar a não ser que fechou o ano com chave de ouro.

Se você tem um Nintendo Switch e está procurando algo muito positivo para sua coleção de games, esse é sem dúvida umas das melhores escolhas que vieram esse ano de 2022 ainda.

David Signorelli
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