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7, maio 2025
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Após quase 26 anos, a Lenda dos Lobos Perdidos continuará!

Fatal Fury: City of the Wolves consegue o que poucos jogos de luta modernos fazem: agradar veteranos e novatos ao mesmo tempo. Com sua arte ousada, sistemas de jogo profundos e acessibilidade balanceada, ele se posiciona como um dos lançamentos mais interessantes do ano no gênero. Mesmo com alguns pequenos deslizes em conteúdo solo, sua base é forte o suficiente para garantir diversão por muito tempo — seja em lobbies com amigos, seja em torneios competitivos.

Fatal Fury: City of the Wolves

Fatal Fury: City of the Wolves é uma carta de amor aos fãs de jogos de luta, combinando um visual vibrante com mecânicas inovadoras que garantem ação constante e partidas cheias de estratégia. Desenvolvido pela clássica SNK Corporation, o título retorna com força após anos de ausência, trazendo um elenco variado, sistemas táticos refinados e um estilo artístico que salta da tela — literalmente.

Estilo em quadrinhos que transforma a luta em espetáculo

A primeira coisa que chama atenção é o visual. O jogo aposta em uma estética inspirada nos quadrinhos, com cores saturadas, linhas de contorno fortes e efeitos dinâmicos que dão vida às batalhas. Cada personagem foi cuidadosamente desenhado para se destacar, seja o icônico Terry Bogard, com sua jaqueta vermelha e boné clássico(Fatal Fury 2 forever!), ou o misterioso Tizoc, o lutador mascarado com temática de águia que chama atenção tanto pelo visual quanto pelas técnicas de agarrão. Jogar com ele é como pregar peças nos amigos — é divertido, inesperado e dá aquela sensação de domínio.

O elenco do jogo é muito forte e olha que ainda virão muitos personagens por DLC!

Essa escolha artística não é apenas visualmente bonita, mas funcional: facilita a leitura dos personagens durante as lutas, o que nem sempre acontece em jogos como Street Fighter 6, onde cenários e lutadores às vezes se confundem visualmente. Em City of the Wolves, cada golpe, movimento e expressão facial se destacam com clareza.

Mecânicas que aprofundam o combate

O coração do jogo está no seu sistema de luta, e aqui temos muito o que explorar. O REV Gauge é o centro das ações ofensivas e defensivas. Conforme você utiliza REV Arts, REV Guards e REV Blows, essa barra se enche até alcançar o estado de Overheat. Esse momento é delicado: você perde acesso às habilidades especiais e fica vulnerável ao Guard Crush, o que exige cautela e timing preciso.

Lindo demais esse Fatal Fury.

O interessante é que o REV Gauge funciona ao contrário do Drive Gauge de Street Fighter 6 — aqui, ele cresce em vez de esvaziar, criando uma sensação crescente de urgência. Como o medidor é destacado com uma animação em chamas na parte inferior da tela, é fácil de acompanhar até para jogadores iniciantes.

Além disso, o jogo apresenta a mecânica Selective Potential Gear (SPG). Ela permite que você escolha um ponto específico da sua barra de vida (início, meio ou fim) para ativar bônus quando chegar nesse estágio. Isso inclui ataques superpoderosos e aumento de dano. O resultado é uma constante reavaliação de risco e recompensa, obrigando o jogador a planejar não só o ataque, mas também sua própria vulnerabilidade.

Brakes e Feints: profundidade para os mestres dos combos

Outro ponto alto são os sistemas de Brakes e Feints. Os Feints simulam o início de um golpe, forçando reações do oponente que podem ser facilmente punidas. Já os Brakes permitem interromper movimentos em certos quadros de animação, criando espaços para combos complexos. Essas mecânicas trazem uma camada adicional para quem gosta de estudar o jogo a fundo.

Congrats Mai!

Para quem prefere algo mais acessível, existe o modo Smart Style, onde comandos simplificados executam especiais e combos com facilidade. No entanto, isso limita o uso de Feints e Brakes — uma troca justa entre simplicidade e profundidade.

Conteúdo para todos os perfis de jogadores

Fatal Fury: City of the Wolves não se limita ao modo versus. O jogo inclui os Episódios de South Town, uma campanha solo com conteúdo estilo visual novel e batalhas. Apesar de funcional, esse modo deixa a desejar em termos narrativos — falta carisma, voz e direção mais cinematográfica. Ainda assim, serve como introdução aos personagens e ao universo, especialmente para quem não jogou os títulos anteriores da franquia.

Cena da fantástica abertura do jogo, só a música que não corresponde a qualidade da animação…

A presença do modo online com ranqueadas é sólida e promete movimentar a comunidade competitiva. A variedade de lutadores também favorece estilos diferentes: há personagens focados em zoneamento, grapplers, rushdowns e até híbridos, o que garante longevidade e replay value.

Vale também mencionar a trilha sonora que sempre foi ponto forte na franquia. Em City of the Wolves a SNK não fez um trabalho tão interessante, as músicas são pouco expressivas e TODA a trilha sonora dos DJs são uma completa porcaria, e olha que eu sou mega fã de música eletrônica.

VEREDITO

Fatal Fury: City of the Wolves consegue o que poucos jogos de luta modernos fazem: agradar veteranos e novatos ao mesmo tempo. Com sua arte ousada, sistemas de jogo profundos e acessibilidade balanceada, ele se posiciona como um dos lançamentos mais interessantes do ano no gênero. Mesmo com alguns pequenos deslizes em conteúdo solo, sua base é forte o suficiente para garantir diversão por muito tempo — seja em lobbies com amigos, seja em torneios competitivos.

David Signorelli
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