The Last of Us Part I
The Last of Us Part I, poderia ser ainda melhor se houvesse um trabalho para modernizá-lo em termos mecânicos e aprimorar seu level design. Quando o jogo estiver com preço mais condizente ou se você ainda não tiver jogado, se faça um favor e entre de cabeça nessa história, que ainda é uma das melhores que os videogames podem te contar.
The Last of Us Part I é um remake gráfico do premiadíssimo game de 2013. É um jogo de ação e aventura e sobrevivência desenvolvido pela Naughty Dog, estúdio que faz parte da Playstation Studios.
Storytelling
Em 2013 com o lançamento de The Last of Us, a ND criou a emocionante jornada de Ellie e Joel por um Estados Unidos apocalíptico, gerando uma história que criou fortes laços entre jogadores e personagens, graças a maestria como o estúdio construiu essa relação dentro do game.
Em 2022 com o lançamento de The Last of Us Part I, é possível ver de forma ainda mais gloriosa, essa história épica, vencedora de diversos prêmios de Game of the Year. É incrível como já em 2013 a ND estava à frente de seu tempo com temáticas menos infantis e personagens fortes e bem construídos. Ainda hoje é difícil algum jogo que se equipare a TLoU em construção narrativa.
Para quem nunca jogou essa obra da geração retrasada, essa é a melhor forma de aproveitá-la. The Last of Us Parte I tem personagens inesquecíveis, Set Pieces incríveis, ação frenética e um ritmo impecável, que fazem a experiência de jogo essencial para quem gosta deste formato de jogo.
Gameplay
Meu problema com The Last of Us original não era com a jogabilidade simples, mas sua inteligência artificial fraca. Em 2012 a ND apresentou um trailer de gameplay do game na E3, onde tínhamos diversas interações entre a Inteligência Artificial, os cenários e o jogador.
No jogo final quase nenhuma dessas interações estava presente e mesmo buscando melhorias nos modos de dificuldade mais altos só encontrei a decepção. Tanto os inimigos quanto seus colegas agiam de forma completamente burra.
Em contrapartida, achei a jogabilidade de The Last of Us Parte II primorosa, não porque era revolucionária ou porque evoluiu muito desde o primeiro jogo, na verdade é bem parecido com o game de 2013.
O que realmente tornou algo que eu considerava medíocre em um dos melhores jogos de tiro e stealth dessa geração, foi justamente a Inteligência Artificial, que além de extremamente racional nos modos mais elevados (difícil e sobrevivente), tem diversas interações entre si, o que aumenta ainda mais a credibilidade e contribui imensamente para imersão do jogador.
Infelizmente a Parte I não acompanha a evolução vista no segundo jogo, o que deixa evidente como o segundo jogo é muito superior mecanicamente. Parte I tem sim melhorias na Inteligência Artificial. Gráficos e animações, mas o level design e gameplay foram deixados de lado, o que para mim é muito pouco para um relançamento de 70 Dólares.
Eu terminei o game no Crushing (Punitivo), em inglês, com aproximadamente 22 horas. Fiquei decepcionado que o jogo não tem troféu de dificuldade e joguei Left Behind no normal e em português.
Como o jogo não tem troféu de dificuldade, recomendo aos jogadores moldarem sua experiência de jogo, utilizando as opções de customização do jogo, que é excelente e deveria se tornar padrão na indústria.
Audiovisual
Pude testar TLoU1 de todas as formas possíveis pois recebemos a cópia para análise bem antes do lançamento, e atesto que todas as formas de jogar são impecáveis. Testei o game nos dois modos e ambas as versões oferecem um dos melhores gráficos dessa geração, seja do ponto de vista técnico ou artístico. Eu tive preferência pelo modo Performance pois entrega uma experiência jogável bem mais sólidas graças aos 60 FPS.
O áudio e a trilha sonora acompanham a qualidade que o visual do game oferece, que também foi melhorada e remasterizada nessa nova edição. Recomendo um bom Headset para uma experiência sonora mais imersiva e intensa.
Eu prefiro jogar na língua original, mas como sempre as dublagens de jogos da Sony estão excelentes. Os cenários são uns dos destaques do game, todos os ambientes foram reconstruídos mantendo a essência artística. O game oferece cenas deslumbrantes por toda sua duração.
Agora o mais incrível em The Last of Us Parte I, é como as animações, mesmo com poucos ajustes são melhores que a maior parte dos jogos. Um jogo de 2013 dando pau em superprodução de grandes publiishers não é algo que se vê todo dia
Para não dizer que não tem defeitos, tive algumas pequenas quedas de framerate, algo bem simples de resolvido em futuros patchs ou até mesmo no patch de lançamento do game.
Conclusão
Eu não sei dizer se teremos uma terceira parte no universo de The Last of Us, mas sei que gostaria bastante que houvesse. A Parte I ainda é um excelente jogo e o 2 é um dos melhores jogos que joguei na última década.
The Last of Us Part I, poderia ser ainda melhor se houvesse um trabalho para modernizá-lo em termos mecânicos e aprimorar seu level design. Quando o jogo estiver com preço mais condizente ou se você ainda não tiver jogado, se faça um favor e entre de cabeça nessa história, que ainda é uma das melhores que os videogames podem te contar.
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