Análises

Assassin’s Creed: Valhalla

9.5
O mais novo esperado capitulo da série Assassin's Creed

Desenvolvido pela Ubisoft Montreal e distribuído nas plataformas PlayStation 5, Xbox Series X, PlayStation 4, Xbox One, Google Stadia e Microsoft Windows, Assassin’s Creed: Valhala chega finalmente depois de uma longa espera, e adianto que a espera realmente valeu muito a pena, vamos conferir!.

Começo que fazer um review deste jogo pra mim significa muito, pois eu apreciei demais os três últimos jogos da série Assassins Creed

Confesso que os primeiros jogos não chamaram tanto a minha atenção, mas quando o sistema foi mudado para RPG de mundo aberto, senti que valorizou demais a franquia, que trouxe muito mais jogadores que puderam se tornar fãs, e digo por experiência própria, pois o apreço é tão grande que tenho a intenção de tatuar os símbolos desses três últimos jogos. 

Porém, parando de falar um pouco de mim e focando no jogo em si, eu posso dizer que ele correspondeu bem às minhas expectativas, que eram no mínimo uma jogabilidade idêntica ao Odyssey só alterando o tema, personagens e cenários.

Upando em nome de Odin.

Contudo dá pra notar que o roteiro de toda a série Assassins Creed é feita para agradar as pessoas que gostam de história, pode se dizer que o Animus é uma desculpa para conectar diferentes jogos, de diferentes períodos da história, com diferentes culturas, tudo na mesma linha do tempo. O que com certeza foi um sucesso em tanto.

Cada jogo pega um personagem fictício, mas que interage com coisas que aconteceram de fato, e isso é genial. O roteiro do Valhalla acontece no momento que os vikings partem da noruega para conquistar o reino da Inglaterra, e o seu personagem está apenas inserido nesse contexto sem ser necessariamente uma pessoa tão importante para este fato histórico em si,  mesmo assim não deixa a desejar na força e na evolução que o/ a Eivor tem com a jornada.

Para iniciar o jogo, você pode escolher entre ser um homem ou uma mulher, ambos com o mesmo nome. Particularmente eu sempre escolho a mulher, porque  além de representatividade, também deixa a jogatina bem mais aesthetic. A primeira cena do jogo mostra Eivor ainda criança, com uma aparência que pode ser tanto uma menina como um menino, com seu gênero sendo escolhido somente quando ele/a chega a fase adulta.

No começo do jogo, eu achei a trama um pouco confusa, pois você conquista objetivos que geralmente são alcançados na conclusão do jogo, cheguei a me perguntar “tá, mas e agora o que mais tem para se fazer?”, mas conforme o jogo foi avançando, você é apresentado as diferentes camadas do roteiro, e vê que não é apenas mais uma história de vingança genérica. Existem as desavenças familiares, mais uma seita oculta, questões existencialistas, tudo isso junto com várias guerras e batalhas por território e espólios.

A trilha sonora é perfeita, escrita por Jesper Kyd, Sarah Schachner, Einar Selvik, as músicas são incríveis, pois respeita o cenário e a cultura dos vikings, sem  nunca ficar cansada de se ouvir enquanto se explora os mais variados cenários ou quando se está batalhando em um conflito sangrento. 

Toca uma pagode do bom que a viajem vai ser longa.

Uma única ressalva são as poucas músicas que tem no repertório do navio, o que de certa forma é compreensível levando em conta que naquela época as pessoas precisavam saber várias músicas de cor para poder cantá-las, não podendo recorrer a um radinho de pilha ou outro aparato semelhante.

Digno de um KKKKK.

Todos os cenários são lindos das mais diversificadas formas, os gráficos são bem feitos e tecnicamente bem bonitos. De vez em quando acontecem alguns bugs, algo que é muito comum em jogos desse porte mas de alguma forma, esses bugs deixam o jogo mais engraçado e ainda mais animado por conta do alívio cômico.

Subindo a Serra.

Posso dizer com tranquilidade que Assassin Creed: Valhalla é um jogo para se relaxar também, pois além de toda a violência, também há muita coisa para se explorar nele, regiões novas, lugares históricos, curiosidades, mistérios, florestas, planícies, cavernas, tesouros escondidos por todo o mapa, tornando uma tarefa quase impossível de se completar 100% das coisas que o jogo oferece. 

Com certeza é um game que vai proporcionar pelo menos umas 150 horas de diversão garantida caso o objetivo seja varrer de cabo a rabo os mapa, caso contrário, a campanha principal  pode ter uma duração de aproximadamente 40 horas.

Uma das coisas que também deixa o jogo atrativo são as interações românticas de flertes com alguns personagens durante a história. Essa característica já é esperada, pois também fez parte dos outros dois jogos anteriores. Acredito que a intenção é mostrar um lado mais íntimo, bonito do personagem principal para que ele não seja só mais um guerreiro sedento por batalhas.

Outro ponto legal é a dramatização das cenas que acontecem quando você finaliza um membro da seita secreta é muito bem feita, me senti como se estivesse assistindo um filmedo Tarantino ou semelhantes, por conta do diálogo e do conceito de cena que eu gosto muito particularmente. Deu pra ver que foram feitas com carinho e atenção para cada detalhe.

Admito que senti falta de algumas coisas que mudaram do Odyssey para o Valhalla, como por exemplo o HP se restaurar sozinho quando não se está em batalha (se escondendo em algum canto), pois neste game atual, é preciso procurar por comidas e algumas plantas específicas que fornecem vida, convertendo-se em itens que são denominados de “rações”, o que nem sempre é fácil de se encontrar. 

Particularmente também gostaria de ter de volta a habilidade de domesticar mais tipos de animais selvagens para utilizá-los nas batalhas, sempre achei isso incrível, mas podemos nos contentar com o lobo que é recrutável logo após determinarmos a quest “O melhor amigo do homem”.

Pspspspsps.

Não sei se estou jogando errado ou se o jogo não fornece mais tantas opções de armas como haviam no Odyssey, posso estar procurando nos lugares errados talvez, mas essa é mais uma coisa que achei que ficou empobrecido em relação aos games anteriores. Notei que Valhalla tem uma jogabilidade de uma forma mais “faça você mesmo”, não só por essa falta de armas diferentes, mas também pelos outros motivos já mencionados acima.

Todas as suas armas e outros equipamentos podem ser melhorados com a ajuda do ferreiro da sua vila, mas também no próprio menu do jogo. Foi adicionada a opção de pesca com linha neste novo capítulo onde os peixes pescados podem ser vendidos também na peixaria que é construída ali também. 

A dublagem em português ficou muito bem feita, e até um pouco engraçada de certa forma. Quando se está jogando com o áudio original em inglês é criada uma seriedade no game que se perde quando ele é dublado, dando mais leveza na experiência.

Assassins Creed Valhalla é um jogo que supre todas as expectativas que foram colocadas em cima de seu lançamento, sendo um game muito completo e divertido não só para aqueles que acompanham a série como também para quem caiu de paraquedas na franquia, apesar de referenciar jogos anteriores, o roteiro se sustenta independente disso. 

Recomendo, no entanto, para todos os públicos acima de 16 anos pelo menos, por conta da violência animada, temática e até referências sexuais bem visíveis. Porém nada que venha deixar ele de ser um ótimo jogo num geral, claro.

Pros

  • Gráficos lindos, 
  • Boa construção de personagens, 
  • Jogabilidade fluida e bem desenvolvida, 
  • Fanservice bem pensado.

Contras

  • Tem bugs e crashes frequentes, 
  • HP não se recupera sozinho,
  • Menos opções de armas disponíveis.

Leticia Parma
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