Análises

Chorus

8.5
Se prapare para batalhas épicas no espaço

Chorus consegue entregar uma ótima história e bons momentos de ação, mesmo que sua jogabilidade não colabore a todo momento

O ano já está quase acabando, mas os lançamentos ainda não! Mesmo com um mês para o fim de 2021, ainda temos alguns games a caminho para alegrar esse nosso mês de dezembro, e um desses é Chorus, desenvolvido pela Fishlabs e sendo publicado pela Deep Silver, o mesmo é uma nova aposta no gênero de “space-combat shooter”, estando disponível para Xbox One, Xbox Series S|X, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC (via Steam e Epic Games Store). Mas será que essa experiência vale a pena? É isso que vamos descobrir nessa análise!

A mulher mais procurada da gálaxia

Na trama, você assume o controle de Nara, uma das maiores guerreiras de uma organização chamada de o Círculo, que domina toda a galáxia, e caso algum planeta não se curve perante os mesmos, o pior acaba acontecendo, e é exatamente o que ocorre com Namika Prime. Nara se ve então obrigada a destruir o planeta, mas contra a sua vontade, o que acaba deixando na mesma uma enorme sensação de culpa. A guerreira decide então abandonar a organização, mas o seu passado não vai lhe abandonar tão facilmente, e a mesma passa a ser uma das maiores fugitivas do Círculo, e deverá fazer de tudo para acabar com o culto.

E para isso, Nara não estará sozinha. A mesma terá a companhia de Forsaken, uma nave que ajudará a mesma a batalhar pela galáxia, e a impedir que o pior aconteça. Vou ser bem sincero, a trama é muito interessante e desde o primeiro momento queremos conhecer mais tanto sobre a protagonista quanto sobre o Círculo e a sua tirania por toda a galáxia. Conforme avançamos na narrativa, vamos aprendendo mais e mais sobre o que está acontecendo e como diversas pessoas são afetadas pela organização, o que agrega e muito e deixa tudo ainda mais interessante.

Rapaz, não se mete com a Nara que a coisa vai ficar feia!

Além da trama principal, é possível realizar objetivos e missões secundárias, sendo que ambas trazem ainda mais detalhes sobre tudo que está acontecendo e deixam o jogador mais inteirado dentro do universo do game. Além disso, realizar as mesmas também garante alguns itens muito interessantes e boas quantidades de créditos (que logo iremos falar sobre). Podemos destacar ainda a interação de Nara com Forsa, a sua nave, que rende ótimos diálogos e é fácil notar que tudo é muito natural.

Falando agora da gameplay, os controles são um tanto quanto confusos no início, e algumas funções demoram para serem apresentadas, algo que demora para deixar a jogabilidade “completinha”. Após um certo tempo você pegará o jeito e conseguirá se dar bem nas batalhas, porém vez ou outra poderá dar aquela escorregada que pode acabar lhe atrapalhando, sendo que em muitos momentos acaba não sendo exatamente culpa do jogador, e sim da própria jogabilidade que é sim boa, mas em alguns momentos acaba não colaborando.

Sobre as batalhas em si, as mesmas são bem dinâmicas e intuitivas, mas ainda sim conseguem trazer bons desafios. Muitas das vezes os inimigos são mais ágeis do que você (ou então possuem habilidades únicas), fazendo com que você tenha que ter movimentos rápidos para derrotar os mesmos. A boa variação de equipamentos também colabora para que as lutas sejam ainda mais divertidas, e tudo isso gera ótimos momentos de batalhas espaciais que conseguem prender o jogador na experiência.

Essa duplinha vai render batalhas insanas!

Mas e para adquirir esses equipamentos, como novas armas e melhorias, o que eu devo fazer? Simples, você deve acessar espécies de “hangares”, em que o jogador terá alguns itens e upgrades a sua disposição. Conforme avança na jogatina, mais e mais os inventários irão crescer e oferecer novos equipamentos, algo que traz uma ótima progressão para a jogatina.

Temos ainda os Ritos, habilidades que ajudam Nara de diferentes formas, como um que permite ao jogador descobrir diversas pontos de interesse e atividade pelo cenário, algo que ajuda e muito, fluindo também a gameplay. A princípio você possui apenas um Rito, porém é apenas questão de tempo até desbloquear outros e deixar as habilidades da personagem ainda mais completas.

No quesito visual, Chorus dá um show e consegue entregar cenários que são simplesmente fenomenais. Sair explorando a galáxia e todo aquele desconhecido é algo sensacional, e é fácil perceber que todo o visual aqui foi feito com muito carinho, e consegue deixar qualquer um boquiaberto. Minha única crítica é com alguns cenário muito pequenos e estreitos que, vou ser bem sincero aqui, acabaram me deixando totalmente perdido e sem noção alguma do que realmente estava acontecendo.

O visual desse jogo é simplesmente fenomenal!

Em relação a sonoplastia, podemos dizer que também é um dos pontos positivos do game. A trilha sonora consegue ser ótima e frenética nos momentos certos, passando toda a sensação de estarmos naquele momento, e isso se soma a excelentes efeitos sonoros que fazem jus a toda a premissa de Chorus, indo desde os sons das naves até os disparos e todo o resto que acontece na jogatina.

Veredito

Devo admitir que Chorus me surpreendeu, já que eu não estava esperando uma experiência tão interessante e divertida como a que foi entregue.Mesmo que não seja perfeito, o game consegue trazer uma narrativa que consegue prender a atenção do jogador, e isso se soma a batalhas frenéticas e empolgantes, visuais fenomenais e uma sonoplastia de ponta. Sem sombra de dúvidas foi um ótimo trabalho da Fishlabs com a Deep Silver.

Pros

  • A trama é interessante, e isso se soma com a protagonista
  • Batalhas insanas e uma boa variedade de equipamentos
  • Ambientação fenomenal com cenários surreais
  • Sonoplastia de ponta em todos os aspectos

Contras

  • Vez ou outra a jogabilidade pode ser meio confusa
  • Alguns cenários estreitos mais atrapalham do que ajudam

Lucas Nunes
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