Análises

Hades – Versão de Xbox

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Hades te espera... e ele não vai pegar leve!

Sem sombra de dúvidas um dos melhores jogos índies dos últimos tempos, e que merece um pouco da sua atenção.

Após mais de um ano do seu lançamento para PC e Nintendo Switch, Hades finalmente chegou para as demais plataformas. Agora disponível para Xbox One, Xbox Series S|X, PlayStation 4 e PlayStation 5, o jogo da Supergiant Games promete trazer uma experiência rogue-lite muito desafiadora, com uma ambientação diferenciada… o submundo de Hades, o deus grego dos mortos! 

No ano passado, quando foi inicialmente lançado, Hades conquistou uma legião de fãs. O mesmo chegou a receber nota 10 aqui na vgBR, e ganhou diversos prêmios, como o de melhor jogo índie no The Game Awards e chegando até a competir ao grande prêmio de jogo do ano. Mas será que a versão de Xbox ainda continuar grandiosa? Vamos descobrir nessa análise, que foi escrita com base no jogo rodando em um Xbox One S (e fique atento, pois logo a análise da versão de PlayStation 5 também sairá).  

Bem-vindo, Zagreus! 

Na trama, você controla o filho de Hades, Zagreus, que deseja com todas as suas forças escapar do submundo que seu pai controla. Bom, devemos admitir que é uma premissa um tanto quanto simples, mas que consegue prender o jogador de uma maneira inexplicável. Nós não sabemos quais são as motivações de Zagreus para querer sair daquele lugar, mas temos a sensação de que isso será explicado durante o desenrolar da gameplay, o que nos faz querer continuar jogando para descobrir mais. 

Você quer escapar do submundo, mas não será uma tarefa fácil!

Além da campanha que consegue entreter muito bem o jogador, todos os outros detalhes do game são sensacionais, mas vamos com calma, falado de um a um. Por mais que Zagreus e Hades sejam de certa forma os dois personagens centrais, temos ainda vários outros que conseguem complementar de maneira excepcional a nossa jornada, como Nyx e Hypnos, mas não darei mais detalhes para não estragar a experiência dos nossos caros leitores. 

Outro ponto muito positivo é a dublagem desses personagens. Por mais que os personagens sempre interajam com o jogador apenas por meio de imagens estáticas, suas vozes são fenomenais e agregam e muito para enriquecer o universo do game. Toda a sonoplastia do game no geral é de cair o queixo, desde sons ambientes, até a trilha sonora que nos acompanha durante nossa jogatina. Tudo é muito bem feito e realmente passa a sensação de estarmos naquele lugar mórbido e, de certa forma, mortal. 

Mas é claro que o ponto forte de Hades é a sua jogabilidade, e na versão de Xbox não é diferente. Todos os controles funcionam muito bem e colaboram para que a gameplay seja frenética e desafiadora, do jeito que um bom rogue-lite tem que ser. E falando em rogue-lite, se prepare para morrer e morrer, e morrer, e… eu já falei morrer? A morte vai ser sua amiga durante a jogatina, mas isso faz parte da proposta do game. 

Acredite, a morte será sua companheira durante o jogo!

Desde quando Hades havia sido lançado no ano passado eu já assistia algumas livestreams do game, e ficava sempre me perguntando: será que o game é repetitivo? Já que essa é a sensação que pelo menos eu tive enquanto ainda não podia de fato jogar o game. Mas acredite, em momento algum Hades fica maçante, já que diversos fatores fazem com que cada jogatina seja única. 

Ao morrer, cada padrão de cenários mudará, você poderá escolher uma arma diferente e tentar abordagens diferenciadas com os inimigos. A cada jogatina você também receberá bençãos dos deuses do Olimpo, que são espécies de power-ups para os seus ataques, e que irão lhe ajudar… até você morrer. A cada morte você perde suas bençãos e poderá escolher novamente conforme avança no submundo, e isso de certa forma acaba trazendo a possibilidade de formar táticas ainda mais diferenciadas a cada jogatina, fazendo com que a experiência não fique repetitiva em momento algum! 

Toda a ambientação também é algo de encher os olhos. Cada sala é única e cheia de detalhes, e isso somado a gráficos muito bem feitos e desenhados resulta em um design fenomenal. Os personagens também têm visuais que os diferenciam bem uns dos outros, agregando ainda mais para a gameplay e a experiência no geral. 

O visual de Hades é sensacional, e isso é inegável!

Mas agora falando da versão de Xbox em si, a Supergiant fez um ótimo trabalho. Durante toda a minha jogatina, não presenciei nenhum bug ou algo que atrapalhasse a minha jogatina, muito menos quedas de frame. O game roda a 60 frames cravado, o que deixa a gameplay muito mais frenética e que acaba fazendo toda a diferença. 

O veredito 

Eu tinha algumas dúvidas se Hades realmente era tudo isso que falam, e realmente é tudo isso que falam! Desde o início a sua trama chamou a minha atenção, e a sua jogabilidade me conquistou em cheio. Mesmo com uma mecânica que faz com que o jogador morra diversas e diversas vezes, em momento algum o game fica repetitivo ou frustrante, já que cada morte é essencial para que você aprenda ainda mais as mecânicas e tome diferentes táticas a cada nova jogada. Toda a otimização para essa nova versão de Xbox também foi muito bem feita, com o game rodando a 60 frames por segundo. Sem sombra de dúvidas merece o prêmio de melhor jogo índie de 2020, e mais do que isso, merece a sua atenção! 

Pros

  • Trama que cativa o jogador
  • Jogabilidade viciante e gameplay frenética
  • Visuais e sonoplastia excepcionais
  • Port muito bem feito para o Xbox

Contras

  • Hades pode frustrar alguns jogadores, mas fala sério! É um rogue-lite, então já era esperado

Lucas Nunes
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