Análises

Manticore: Galaxy On Fire – Análise

Batalhas espaciais em 60 FPS
Manticore: Galaxy on Fire traz ótimos gráficos, mas sua essência ainda é a de um game de celular. Se você está carente de um Starfox vai encontrar algumas horas de diversão, mas não espere muita profundidade na jogabilidade.

Galaxy on Fire é uma série de jogos de combate espacial da Fishlabs, uma subsidiaria da Deep Silver, responsável por desenvolver games para smartphones. A franquia consiste em Galaxy on Fire 3D, Galaxy On Fire 2, com duas expansões, e Galaxy on Fire 3: Manticore.

Existem algumas versões diferentes dos jogos dessa série, incluindo versões HD para smartphones e até mesmo PCs, mas vamos falar de Manticore: Galaxy On Fire, a versão de Switch que é baseada no último jogo para smartphones, Galaxy on Fire 3.

Em sua essência, Manticore é um daqueles ports melhorados de um jogo de sucesso nos smartphones algo que não é uma coisa ruim, já que portar um game de celular para um hardware mais poderoso permite que os desenvolvedores expandam a visão inicial do jogo e melhorem a experiência de várias maneiras.

A história não é particularmente envolvente mas serve de pano de fundo para marcar seus próximos passos ao longo da aventura. A trama de Galaxy on Fire ocorre em uma galáxia fictícia governada por quatro grandes facções: Terranos, Nivelians, Midorians e Vossk. O enredo gira em torno de Keith T. Maxwell, um ex-Comandante da Frota Terrana que agora ganha seus créditos como mercenário ajudando a quem pagar mais. Os jogadores são recrutados para a equipe titular Manticore Mercenary e uma explosão gigante causada pelo elemento volátil Glow coloca o setor Neox no caos total, matando muitos. Você terá que seguir as pistas para encontrar os culpados, encontrando outras tripulações de mercenários e vários piratas ao longo da jornada.

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Basicamente as missões consistem em correr contra o relógio, proteger algum comboio ou sobreviver numa arena de combate e geralmente terminam contra um chefe no final de cada estágio. Após as missões você pode explorar a área para encontrar mais equipamentos para a sua nave e arquivos de inteligencia. Infelizmente a estrutura das missões acaba meio repetitiva devido a base vir de um game de celular.

Mas a jogabilidade é precisa e competente. O controle esquerdo controla câmera e direção da nave, enquanto o direito é usado para aumentar, diminuir a velocidade e mandar uns barrel-rolls ao melhor estilo Stafox. Armas e disparos são ativados com os gatilhos e ao atacar outra nave, os jogadores terão que mirar em um local marcado à frente do inimigo para atingi-lo, algo que faz sentido levando em consideração a trajetória dos disparos e coloca um elemento de balística atrelado a jogabilidade.  No total são nove espaçonaves de combate para escolher, todas com estatísticas exclusivas e permitem modificar a arma principal, secundária, foguetes e habilidades especiais.

O maior problema do jogo se encontra na dificuldade desbalanceada e na falta de um checkpoint antes dos chefes. Enquanto os inimigos comuns dos estágios não são nada desafiadores, a dificuldade aumenta bastante durante os chefes. Alguns chefes de fase recuperam vida e os escudos de suas naves durante os conflitos, o que torna a experiência frustrante após algumas tentativas já que os escudos inimigos são muito mais fortes do que os seus e aguentam muito mais disparos. Tive batalhas de mais de 10 minutos que acabaram com o inimigo recuperando as energias de sua nave umas três vezes e eu não podia fazer o mesmo. Perdeu a batalha para o chefe? Que tal começar a fase desde o inicio, repetir todos os objetivos e matar todos os inimigos fáceis novamente? Parece divertido? Não né?

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Graficão no Switch

Manticore tem em uma das suas propostas entregar belos gráficos em 60 quadros por segundo no Switch, uma tarefa digna dos melhores estúdios da Nintendo. De fato o jogo mantém a taxa de quadros estável com ótimos gráficos para o portátil. Ainda que a geometria seja mais limitada o game fica lindo tanto na tela do Switch em modo portátil, quanto ligado na TV em modo dock. Há inclusive uma função de pausar a ação e deixar a câmera livre, algo que seria equivalente aos famosos modos de Foto, muito comuns nos games do PS4.

Custando 20 dólares, Manticore: Galaxy on Fire traz ótimos gráficos, mas sua essência é de apenas um bom game de celular adaptado para o Switch. Se você está carente de um Starfox ou é fã do gênero de batalhas espaciais pode encontrar algumas horas de diversão aqui, mas não espere muita profundidade ou variações na jogabilidade.

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Pontos Positivos

  • Ótimos gráficos rodando a 60 quadros por segundo cravados
  • Jogabilidade redondinha

Pontos Negativos

  • Sem checkpoints nas fases
  • Dificuldade desequilibrada, com estágios fáceis e chefes difíceis
  • Ainda é um jogo de celulares e o port traz consigo algumas limitações da plataforma
Átila Graef

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