Análises

Moons of Madness – Análise

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Moons of Madness é um ótimo game de terror, com uma boa história, muita tensão e toques de Lovecraft.

Com toques de Lovecraft, a trama te deixa perplexo em vários momentos e te faz querer saber o que virá a seguir, e quais surpresas te esperam no caminho

Nos últimos tempos estamos vendo vários jogos de terror sendo um sucesso, como Outlast, Alien: Isolation e até mesmo os novos jogos da franquia Resident Evil, que voltaram as origens do “survival horror”. E no meio de tudo isso, temos uma nova IP da Funcom chegando de fininho, mas tendo uma ótima proposta com um tema de certa forma conhecido: terror no espaço!

No game você é Shane Newehart, um técnico que mentiu para o pai dizendo que ia para a Antártida, mas que na verdade foi para Marte em um programa espacial. Lá, enquanto trabalhava normalmente, coisas estranhas começam a acontecer, e segredos obscuros da Orochi, empresa responsável pela viagem, são trazidos à tona, enquanto uma espécie de monstro assombra os funcionários que lá trabalham.

Este é você!

No começo a história é de certa forma puxada, você deve apenas resolver certos problemas técnicos que acontecem na base em Marte, como religar a energia e ajustar painéis solares, porém, com o tempo, você vai descobrindo os estranhos segredos e cada vez mais você quer saber o que realmente está acontecendo ali naquele lugar. Somos apresentados a outros funcionários da Orochi, sendo eles Lukas, Declan, Josie e Inna, todos possuem uma certa importância para trama, cada um de uma maneira diferente. A empresa também é muito abordada na trama, já que vamos descobrindo com o tempo as reais intenções desse programa espacial, e que nem tudo é o que parece.

A direção de arte é excelente

A trama aproveita também de traumas do passado de Shane para contar a história, já que algo de certa forma triste aconteceu quando ele era apenas uma criança. Tudo vem na forma de flashbacks e alucinações, que são introduzidos de maneira natural na história. Há também uma grande reviravolta no final, mas se você juntar as peças desse quebra-cabeça, será possível prever o que irá acontecer, já que o jogo deixa algumas pistas no meio da história.

Mórbido é pouco!

Ainda falando em quebra-cabeças, o jogo apresenta muitos puzzles, o que pode agradar alguns e desagradar outros. Alguns são de certa forma simples e você conseguirá resolver bem rapidamente, mas outros levarão um pouco mais de tempo para serem solucionados, e farão com que você pense bastante em como completá-los, já que são bem mais complexos.

Nada como nosso confiável PDA de braço.

O jogo se aproveita muito bem do terror psicológico. A todo momento eu sentia que uma perseguição poderia começar, por conta dos ambientes sombrios e propícios para tal, mas nem sempre isso acontecia. Ah, e sobre os famosos jumpscares, são poucos durante a jogatina, mas devo admitir que são inesperados. Esse terror funciona muito bem, já que você está sempre tenso sem saber o que virá a seguir, e o jogo sempre entrega várias e várias surpresas. Mas não se preocupe, se você é daquelas pessoas que ficam perdidas nos corredores escuros e confusos dos jogos de terror, aqui isso não acontecerá, já que Shane possui uma espécie de “tablet de pulso”, do qual você pode ver aonde deve ir, e não só isso, também é possível utilizá-lo para ver os objetivos, o inventário e o mesmo também é essencial para a resolução de certos puzzles.

O jogo é cheio desses momentos.

Para um jogo indie os gráficos são ótimos, com vários detalhes nos cenários e uma ambientação assustadora e obscura. A trilha sonora também colabora para a tensão, já que em certos momentos o som ambiente é tomado por uma música e você fica desesperado querendo saber se o perigo está próximo ou não. Contudo, pude perceber várias quedas de frame durante toda a jogatina, algo que atrapalhava e muito em certos momentos. O jogo também não conta com tradução para português, o que é compreensível vindo de uma empresa independente, mas se você não compreende muito bem a língua inglesa, certamente ficará confuso com a história.

YouTube player

Moons of Madness é definitivamente uma ótima escolha para fãs de horror, com uma história assustadora, ambientes obscuros, puzzles complexos e muita tensão pela jogatina. Com toques de Lovecraft, a trama te deixa perplexo em vários momentos e te faz querer saber o que virá a seguir, e quais surpresas te esperam no meio do caminho. O game está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Microsoft Windows.

Pontos Positivos

  • História cativante e interessante
  • Terror psicológico que funciona, tem puzzles complexos e possui ambientes sombrios que te deixam tenso
  • Inspirações em Lovecraft

Pontos Negativos

  • Várias quedas de frames
  • Falta de localização para o português, o que pode deixar algumas pessoas confusas em relação a narrativa
Lucas Nunes
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