Análises

Gal*Gun Returns

7
Na minha época escola não era assim!

Poderiam ter colocado recursos de touch-screen e giroscópio... Mas, infelizmente não temos.

Aparentemente Gal*Gun é uma franquia que é relativamente popular e que eu não fazia ideia de sua existência, embora familiar, o mundo é cheio de surpresas e cá estou para contar minha experiência com Gal*Gun Returns, um remaster para o Nintendo Switch. O jogo havia sido lançado para o Xbox 360 e PlayStation 3 também, que loucura.

Gal*Gun Returns que foi desenvolvido pela Inti Creates e distribuído pela PQube, teve seu alvo definitivamente para um tipo muito particular de jogadores, e como já tenho um pouco de jeito com joguinhos “ecchi” assim, pra mim não foi tão difícil suportar algumas coisinhas e gritinhos que as meninas fazem ao atirarmos com nosso super ferormônio-isso mesmo, atiramos com nosso “cheiro másculo que deixa as meninas loucas”, ou algo assim.

Love Hearts? Ok, tem bastante disso no jogo.

Estamos falando de um jogo que pega os moldes de The House of the Dead ou aqueles clássicos do PlayStation 1 como Time Crisis e etc, jogos que datam décadas atrás, literalmente, bem relacionado para gente velha como eu.

E que gênero é esse exatamente? Um shooter on-rails, ou seja, tudo o que faremos no jogo será mover uma “mira” pelo cenário enquanto tudo acontece automaticamente, do início ao fim do game.

Na prática parece um pouco chato, mas ele é até que divertidinho por conta da familiarização e apego a alguns personagens e seu enredo ultra bobinho, cujo qual se resume em: Sou o garoto mais garanhão da escola e literalmente todas as meninas querem um pedaço de mim.

Lógico que teria tentáculos.

Óbvio que a história conta um pouco mais além disso, mas não vou botar muita esperança nesse aspecto não, viu?

Gal*Gun infelizmente é super limitado quanto gameplay, não temos rotas alternativas para tomar, não temos como tomar decisões realmente impactantes, e tudo o que nos resta é “passar de fase”. Quanto tempo não escutam essa frase?

Apesar dos pesares, o jogo é um fan-service todinho, e é incrível como temos opções de customizar as garotas nesse jogo, além de que todas elas são únicas e tem um nome próprio também, não são apenas NPCs correndo loucamente atrás de você. Mentira, são sim.

O que fazemos neste game é atirar nas meninas com, né? E algumas resistem vários desses tiros, sendo necessário atirar em partes específicas para que elas venham a ser “derrotadas”, mas quando o negócio fica feio, podemos entrar num estado chamado “Doki doki” mode, onde damos um “especial” nelas, focando mais detalhadamente no corpo da menina em questão para que ao ser derrotada, todas as outras na tela sejam também.

As músicas são pontos felizes nesse jogo, mas o excesso de gritinhos e “nyaaa” e “kyaaa” me tiram um pouco o foco… Um pouco muito, digo.

Tem alguém aí que não tá muito feliz com a nossa presença!

Eu entendo que quando estamos falando de gameplay em um console onde não temos recursos de giroscópio ou tela de toque, que nossos controles fiquem mais limitados mesmo, mas isso não era desculpa para não implementar o recurso no Switch, gente! É um remaster, e jogamos exatamente como jogamos num console como o Xbox por exemplo; somente com os analógicos e botões. Porque estou reclamando disso agora? Porque o jogo GRITA para ser jogado dessa maneira, é muito decepcionante.

Graficamente o jogo é bem simples, tecnicamente bem geração passada, porém, o jogo se sobressai legal no estilo de arte adotado, tanto para os cenários quanto para os personagens, é realmente de tirar o chapéu.

A qualidade do departamento artístico visou desempenho sobre qualidade, impedindo que o jogo venha a ter quedas de quadro enquanto nos apresentados muitos objetos na tela.

Meninas fofinhas com guitarras, lógico.

No geral, Gal*Gun é um bom jogo, poderia ser melhor no Switch mas não o fizeram seja lá o porquê.

Os controles são bons, muito dos momentos que temos no game ao jogar duas vezes ou mais é saber onde posicionar o cursos para os giros de cenários e assim facilitar os ataques, mas parece não ser o suficiente para engatar a primeira marcha, sabe? Há alguns mini-games que fazem a gente esboçar uns sorrisinhos, mas se resume tudo a mirar e atirar, ficando repetitivo com o tempo.

Vai agradar quem conhece já a franquia e também certamente vai agradar a galerinha que curte essa pegada mais “ecchi” de animê, o que certamente não é muito minha praia.

Pros

  • É divertido como um jogo desses tem que ser.
  • Gráficos simples, porém com arte linda.
  • Gosto das meninas em um certo grau.
  • Músicas boas.

Contras

  • Controles poderiam ter sido adaptados no Switch.
  • Muitos gritinhos e barulhinhos das meninas.
  • Não há rotas para tomar, nem decisões também.

Fábio Kraft
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